Termina nesta segunda, dia 20, o prazo para que os investidores solicitem a reserva de ações da Brasil Foods, a nova companhia que reúne Sadia e Perdigão. Devem ser ofertadas no mercado 115 milhões de ações ordinárias da nova empresa. Um dos objetivos é a ajudar a Perdigão a saldar as dívidas acumuladas pela Sadia.

Aos poucos, mesmo sem uma decisão definitiva do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cadê), a gigante do setor de alimentos vai virando realidade. Na prática, a Perdigão passou a se chamar Brasil Foods, com o anúncio da fusão com a Sadia.

Os acionistas das duas empresas tiveram prioridade para reservar ações desta nova oferta que vai ser feita no mercado, com o objetivo de injetar mais dinheiro na nova companhia. A empresa espera captar no mercado cerca de R$ 4,5 bilhões. Cada investidor pode reservar ações até o limite de R$ 300 mil.

Os coordenadores da oferta são os bancos JP Morgan, Santander, Banco do Brasil e UBS Pactual.

A Brasil Foods assinou um acordo de associação com a Sadia em maio deste ano, mas a fusão entre as duas companhias ainda depende da aprovação dos mecanismos de defesa da concorrência.

Os acionistas de Sadia e Perdigão já aprovaram a mudança, e apesar da fusão não ter sido aprovada em todas as instâncias, os recursos devem ser destinados ao pagamento de dívidas da Sadia, estimadas em R$ 8 bilhões.