| 18/07/2009 02h55min
Além de muito trabalho, o advogado do Inter Daniel Cravo lembrou uma coincidência divina na liberação de D’Alessandro para atuar no Gre-Nal. Cravo recebeu a notícia do despacho do efeito suspensivo às 19h10min, no Rio. Enquanto isso, em Porto Alegre, era realizada na capela do Beira-Rio missa em memória a Paulo Rogério Amoretty, advogado, ex-presidente do clube e tio de Cravo, morto há dois anos em acidente aéreo da TAM.
– De repente, ele estava olhando – afirmou.
Depois de uma semana de muita peregrinação no STJD, o departamento jurídico do Inter liberou o meia argentino para o clássico. Com o efeito suspensivo, D'Alessandro também pode enfrentar o São Paulo, na próxima quarta-feira, além de estar em campo no clássico, amanhã.
A liberação foi resultado de esforço conjunto dos advogados do Inter. Cravo passou cerca de três horas em uma emissora de televisão atrás de imagens da entrevista de William, do Corinthians.
O
zagueiro afirmou que não se sentiu ameaçado por
D’Alessandro nos incidentes ocorridos no final da Copa do Brasil. Enquanto isso, em Porto Alegre, o diretor jurídico Rogério Pastl fazia a minuta de reconsideração do efeito suspensivo indeferido pelo presidente em exercício do STJD, Virgílio Val.
À tarde, Val alegou impedimento para despachar o documento. Por critério de antiguidade, coube ao auditor Francisco Müssnich analisar o pedido.
Cravo foi até o escritório de Müssnich, a cerca de duas quadras do STJD, entregou as peças processuais e esperou até as 19h10min, quando recebeu a notícia da liberação.
– Foi uma luta exemplar – afirmou Cravo.
D’Alessandro deve retornar ao time, como admitiu o técnico Tite ontem, durante a entrevista coletiva. A tendência é de que o técnico utilize o 3-5-2 devido à ausência de volantes. Vale lembrar que o argentino será julgado pelo pleno do STJD na próxima quinta-feira. A expectativa dos advogados do Inter é de que o meia seja absolvido ou
tenha a pena de 60 dias reduzida.
Parceiro de Maxi
Paulo Autuori é um técnico diferente. Mesmo na véspera do Gre-Nal, o carioca de 52 anos não quis saber de mistério e confirmou quase toda a equipe para o clássico – menos o substituto de Thiego, que deverá ser Joílson, embora haja uma pequena possibilidade de Makelele jogar improvisado na lateral –, uma chance pouco provável em se tratando de um clássico Gre-Nal.
Herrera está de volta. Maxi também. Autuori justificou a opção pelos hermanos porque ambos deixaram o time devido a problemas clínicos (Maxi estava gripado, Herrera sentia dores no joelho direito). Mas e por que sobrou Jonas neste momento, apesar de ser o goleador do time na temporada e autor de dois gols nas últimas duas partidas do Grêmio?
Paulo Autuori ainda não o perdoou totalmente pela expulsão infantil contra o Sport, em Recife, que contribuiu com a derrota pelo Campeonato Brasileiro. O técnico justificou a seu jeito:
– Maxi e
Herrera saíram por lesão, é normal que voltem agora. É
diferente quando o titular comete um erro grosseiro, como uma expulsão desnecessária – disse Autuori.
Como dupla, Herrera e Maxi somam oito gols em 10 jogos. Já Maxi e Jonas, juntos, contam com seis gols em oito partidas.
É mais um argumento a favor da preferência do técnico neste momento.
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