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 | 17/07/2009 15h17min

Desafio é organizar a rede de saúde para combater gripe A, diz Temporão

Ministro recomenda que quem estiver com sintomas suspeitos da gripe procure postos de saúde e não os hospitais

Atualizada às 20h20min Letícias Luvison | Brasília (DF)

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou nesta sexta, dia 17, que o grande desafio em relação à influenza A (H1N1), neste momento, é organizar a rede de saúde para atender as pessoas de forma adequada e não sobrecarregar o atendimento.

Ele recomenda que quem estiver com sintomas suspeitos da gripe procure postos de saúde e não os hospitais. A intenção é não sobrecarregar essas unidades, que devem tratar casos confirmados e que precisem de internação.

— O grande desafio agora é organizar a rede para atender bem as pessoas, principalmente as que necessitam de internação. Atendê-las adequadamente, tratá-las e impedir o óbito — disse Temporão, após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para atualizá-lo sobre a incidência da gripe A no Brasil.

Segundo ele, o momento agora é de “bom senso e paciência” e a expectativa é de que com o final do inverno e o conseqüente aumento das temperaturas a situação melhore.

— Não podemos impor limites ao direito das pessoas de serem atendidas. Isso coloca um peso grande sobre a rede de serviços e pode ocorrer demora. Nesse momento, é preciso bom senso e um pouco de paciência, mas vamos ultrapassar este período — comentou o ministro.

Do total de amostras recolhidas para análise, em apenas 25% foi detectado o vírus H1N1. O governo pede que antes de recorrer a hospitais, as pessoas procurem postos, centros de saúde e a rede do programa saúde da família. Segundo o ministro, é preciso estar atento aos sintomas, porque o período de inverno se caracteriza pela circulação de vários tipos de vírus, especialmente nos estados do sul e do sudeste do país.

— Nossa expectativa é que com o aumento das temperaturas a situação deve melhorar — completou Temporão.

Ele reafirmou que a população deve ficar tranqüila e que há recursos suficientes para as ações de combate à doença. Temporão lembrou que no Rio Grande do Sul, onde a situação é mais delicada devido à fronteira com a Argentina, o trabalho de prevenção e combate já é feito em parceria com as Forças Armadas e a Polícia Rodoviária Federal.

A partir de segunda-feira, equipes do exército vão reforçar por 90 dias o controle nas fronteiras no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Em conjunto com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Polícia Rodoviária Federal, os militares vão trabalhar na distribuição de material informativo e no controle de viajantes.

Nesta quinta, dia 16, o ministro da Saúde informou que o vírus Influenza H1N1 circula no Brasil. A circulação foi constatada após a confirmação da primeira "transmissão sustentada", ou seja, um paciente que não teve contato com pessoas contaminadas contraiu a doença. O Brasil já tem 11 mortes confirmadas por gripe A.

O ministro informou que todas as estratégias de controle da doença foram tomadas há três semanas, e a rede de hospitais está integrada para monitorar todos os casos. Temporão lembrou que sete países estão em situação de transmissão sustentada da gripe A: Estados Unidos, México, Canadá, Argentina, Chile, Austrália e Reino Unido.

AGÊNCIA BRASIL E CANAL RURAL

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