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Mesmo após o alívio com o fim do regime despótico no Iraque, os habitantes de Bagdá disseram que as tropas norte-americanas devem partir depois de restaurarem a ordem na capital. Se os exércitos das forças de coalizão não se retirarem, a ira da população cairá sobre os invasores. Apesar de demonstrarem alegria com a queda do ditador Saddam Hussein, os iraquianos não pretendem ficar sob o jugo dos Estados Unidos.
O comerciante xiita Mehdi Al Aibi Mansur declarou que os miltares americanos devem se empenhar em conter o caos na cidade de 5 milhões de habitantes, fazendo referência aos repetidos saques às repartições públicas do antigo regime. Mansur transferiu seus bens da favela xiita de Saddam City para o centro de Bagdá para evitar saques.
Segundo ele, se as tropas permanecerem na cidade acabarão atraindo o ódio de milhões de pessoas, agora animadas com o fim de décadas de ditadura.
– As pessoas já não têm mais medo. Elas não terão medo de se erguer contra os americanos – afirmou.
Os EUA têm travado pequenos confrontos com as tropas iraquianas em regiões isoladas, pois a maioria dos soldados do Iraque abandonou o conflito. No Ministério do Comércio, na margem leste do Rio Tigre, as pessoas saíam com móveis e computadores, enquanto o primeiro andar ardia em chamas. A emissora Al Arabiya mostrou imagens de saques contra a embaixada alemã e um centro cultural francês. Até os guardas de trânsito sumiram.
A população da capital reclama a falta de um plano de controle dos roubos e ações violentas, ocorridos após a tomada da cidade. Mesmo em meio ao caos, os moradores de Bagdá se questionam sobre quem governará o país. As informações são da agência Reuters.
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