| 09/04/2003 11h50min
As forças militares dos Estados Unidos fizeram questão de oferecer aos olhos da população iraquiana a derrubada da estátua do ditador Saddam Hussein, cravada na Praça Ferdaus, no coração de Bagdá. Em frente ao Hotel Palestina, no qual a maioria da imprensa estrangeira está hospedada, um amontoado de opositores do regime do ditador se armou de marretas para investir contra o bloco de mármore que amparava a figura do líder do Iraque.
O movimento dos militares na Praça Ferdaus roubou as atenções da população e cerca de uma hora depois do avanço das tropas à região, dezenas de civis passaram a se concentrar no centro da capital iraquiana. Homens, mulheres e crianças se misturavam aos soldados fiéis ao presidente dos EUA, George W. Bush.
Os manifestantes ataram uma corda na estátua: alguns deles chegaram a subir sobre o mármore, na tentativa de descaracterizar a imagem de Saddam Hussein. Entretanto, foram os soldados dos EUA que desempenhararam tal papel.
Depois de serem colocados
diante de "Saddam", dois soldados cobriram o "rosto" da estátua com a bandeira norte-americana e enjambraram um cordão de aço em torno do pescoço da figura.
Poucos instantes depois, as forças optaram por adotar a posição "politicamente correta", e uma bandeira iraquiana foi deixada junto ao peito do ditador retratado na imagem. Episódio semelhante ocorreu durante a tomada do porto de Umm Qasr: o próprio comando central dos EUA chegou a combater a atitude do soldado que cravou o símbolo norte-americano sobre o piso da parte nova do edifício.
Passada uma hora desde o avanço dos aliados sobre o centro de Bagdá e após muitas investidas do blindado contra a figura de Saddam, a imagem tombava na Praça Ferdaus sob os aplausos de civis, que correram para pisotear a estátua.
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