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 | 13/07/2009 11h05min

Governo e setor produtivo da carne se mobilizam para garantir sustentabilidade

Série de medidas anunciadas pretende harmonizar produção e respeito ao meio ambiente

O governo e o setor produtivo se mobilizam para garantir a sustentabilidade da produção brasileira de carne bovina. No Estado do Pará, cenário de denúncias de supostos crimes ambientais, a intenção é impedir o desmatamento ilegal por meio de georreferenciamento e, em todo o Brasil, mudanças na Guia de Trânsito Animal devem reduzir custos e melhorar a eficiência das informações sobre os produtos da pecuária nacional.

As medidas foram anunciadas pelo Ministério da Agricultura. Enquanto isso, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Abiec, que representa os grandes frigoríficos, preparam um estudo questionando dados de ambientalistas.

De acordo com o ministério, a adesão ao georreferenciamento no Pará vai ser obrigatória. O investimento no sistema será de R$ 1 milhão, e o custo de manutenção por ano, de R$ 2,5 milhões.

Inicialmente, o governo vai cobrir o custo, mas a ideia é que passe a ser dividido entre produtores, frigoríficos e BNDES.

O governo informa que o georreferenciamento vai permitir que os técnicos da Embrapa cruzem dados com as GTAs. Caso seja identificada irregularidade, a fazenda é impedida de comercializar a carne.

Outra mudança está na própria guia: em até dois meses, o documento deverá ser emitido apenas em versão eletrônica. Na maior parte dos Estados, o controle ainda é feito por guias em papel. Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal devem ser os primeiros a adotar a GTA eletrônica.

Para o presidente do Fórum Nacional da Pecuária de Corte, Antenor Nogueira, o novo documento aumenta a eficiência do sistema.

– O produtor vai ter sua senha, e vai poder acessar, inclusive, pelo celular, e emitir de qualquer lugar (a guia). O custo é o mesmo. Então, a única coisa que vai ter é a facilidade para o produtor. Eu acho que isso resolve tudo. Esse é o único documento que mostra a realidade: onde o boi nasceu, para onde ele foi, onde foi engordado, onde foi abatido. Através disso, nós temos condições de mostrar lá fora de onde o boi veio, para onde ele foi, que carne foi produzida e para onde ela foi – explica.

Ainda segundo Nogueira, a CNA e a Abiec preparam um estudo sobre desmatamento a ser apresentado em até três meses. Segundo ele, a intenção é questionar os dados publicados pela organizacao ambientalista Greenpeace.

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