| 11/07/2009 03h38min
O técnico Tite estava visivelmente irritado quando chegou ontem com a delegação de Quito. Apareceu no saguão com expressão fechada e, diante dos repórteres, fugiu da habitual cordialidade e apenas sussurrou uma desculpa:
– Não vou falar nada.
Durante mais de 10 horas de viagem desde o Equador, o técnico praticamente não conversou com ninguém. A apatia do Inter na derrota por 3 a 0 para a LDU, na quinta-feira, pela primeira vez bateu profundamente em seu humor. Talvez devido a especulações sobre sua demissão, apesar da negativa veemente do vice de futebol, Fernando Carvalho.
Tite permaneceu afastado até do auxiliar técnico Cléber Xavier. No desembarque no Aeroporto Salgado Filho, mesmo sentado na fileira mais perto da porta, permaneceu imóvel enquanto jogadores e dirigentes desciam do avião. Foi um dos últimos a chegar ao saguão.
Os primeiros sinais de insatisfação de Tite surgiram na volta do intervalo do jogo de quinta-feira.
Questionado pelo repórter Fernando Becker, da RBS
TV, sobre o tom da conversa, Tite devolveu, seco:
– Jogadores não falam nada, só escutam. Quem fala sou eu.
A conversa de cobrança diante do grupo deve ocorrer hoje, antes do treino e da viagem para Curitiba, onde o time defende a liderança do Brasileirão contra o Atlético-PR, amanhã, às 16h.
Segundo avaliação da direção, a parcela de responsabilidade de Tite na crise técnica é pequena.
– Não muda até domingo, nem daqui a 10 dias, nem daqui a... Não muda o treinador! – assegurou Carvalho.
O volante Guiñazu também defendeu o trabalho de Tite. Afirmou que “daria a vida” pelo técnico.
– Às vezes tem que ser autocrítico. Em alguns momentos, não estamos legal. Acontece. É futebol e acontece com todos os times – afirmou o argentino.
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