O zagueiro Danny Morais não se intimida com a altitude de 2.850m de Quito, onde o Inter disputará a final da Recopa Sul-Americana diante da LDU, às 21h50min (horário de Brasília) desta quinta. O jogador lembra que a delegação colorada chegou ao Equador dois dias antes do jogo, tempo suficiente para os atletas se habituarem à velocidade da bola, que aumenta acima do nível do mar.

– Temos de nos acostumar o mais rápido possível. Até no aquecimento, ver o que pode acontecer. Mas princípio, não haverá muitos problemas. Se mudar, muda pouca coisa – disse o zagueiro, que comentou o fato de o Inter ter chegado a Quito na terça. – Teremos mais tempo para nos recuperarmos e nos adaptarmos.

O equatoriano Bolaños, que defendeu a LDU por três anos, disse ter sentido os efeitos da altitude de Quito, apesar do tempo em que morou na cidade. O médico do Inter Luiz Crescente considera isto normal, já que o atacante está no futebol brasileiro desde o início deste ano – antes de acertar com o Inter, ele atuava pelo Santos.

– É bom ressaltar que estes efeitos são pequenos. A condição física diminui em 10%. Em um atleta acostumado a jogar, isto é pouco. Os sedentários sentem mais os efeitos – explicou Crescente.

O Inter chega ao Equador com a missão de reverter a vantagem equatoriana, já que foi derrotado por 1 a 0 no jogo de ida no Beira-Rio. Danny Morais acredita que a LDU vai entrar em campo tentando ampliar a vantagem, o que possibilitará contra-ataques para o Colorado.

– Temos de correr riscos calculados. Mais uma vez, quem tem de defender vai defender, dando mais liberdade a quem precisa atacar. No início do jogo, será complicado suportar a pressão, porque eles vão atacar. Em contrapartida, eles nos darão espaço nas costas para podermos jogar. Nosso time é rápido e têm condições de reverter o placar.

Danny será titular da zaga colorada nesta quinta. Ele assumiu a vaga de Álvaro desde o jogo de ida contra a LDU, no último dia 25 no Beira-Rio.