| 03/07/2009 12h55min
A suinocultura não vai ter preço mínimo de referência no Brasil, porque faltam condições de estocagem. A medida também pode gerar problemas futuros de comercialização. O anúncio foi feito pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, no 13º Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura, que terminou nesta sexta, dia 3, em Foz do Iguaçu, no Paraná. Os produtores vão estudar propostas alternativas para apresentar ao governo federal. Para o governo do Estado, a medida é necessária.
O vice-governador do Paraná, Orlando Pessutti, defende o preço mínimo como fundamental para a sobrevivência da suinocultura, ainda que esta seja uma solução de médio e longo prazos e com custo elevado.
O ministro Reinhold Stephanes disse que a suinocultura tem características que tornam difícil ajustar a produção à demanda em curto prazo. Por isso, o preço mínimo de referência vai ser substituído por outros mecanismos de apoio ao produtor.
Se
os governos têm opiniões diferentes em
relação ao preço mínimo, o mesmo não acontece quando o assunto é mercado. Governos federal e estadual alertam para as novas possibilidades que o mercado chinês e até japonês representam. E concordam também que os produtores de suínos devem trabalhar para aumentar o consumo interno, como garantia de manutenção de bons preços e expansão do setor.
Em três anos, a Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) quer aumentar o consumo em dois quilos por pessoa ao ano, no Brasil, e chegar a 15 quilos per capita/ano. Pelos cálculos da instituição, isso representa 200 mil novas matrizes, R$ 1 bilhão em investimentos em granjas e 12 mil novos empregos diretos. Mas, no encontro que acabou nesta sexta, o principal problema do setor é a falta de união dos produtores, mais do que os gargalos da indústria e do varejo. A opinião é do novo presidente da ABCS, Irineu Wessler, eleito esta semana, que quer mudar este cenário.
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