| 02/07/2009 20h02min
A conquista do mercado interno exige investimentos em uma nova imagem da carne suína. Cortes menores e informação ao consumidor ajudam a superar a preocupação com a gordura e doenças, problemas que sempre estiveram ligados aos suínos. Temas como sanidade e preservação ambiental também estão sendo discutidos no 13º Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura, que ocorre em Foz do Iguaçu.
Nesta quinta, dia 2, no segundo dia do evento, o ex-ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega, falou sobre o atual cenário econômico nacional e mundial. Para ele, o Brasil está atualmente mais "resistente" aos impactos mundiais, exibe um sistema financeiro sólido, estabilidade econômica e uma imagem que gera confiança no mercado externo.
Segundo Nóbrega, dentro de casa, o setor do agronegócio precisa ser mais autônomo e isso vai ocorrer.
Em um cenário em que as notícias sobre o futuro oscilam entre boas e cautelosas, os suinocultores optaram por acompanhar o mercado de exportação e investir no doméstico. O Brasil é o quarto produtor e quarto exportador mundial de carne suína, mas está entre os últimos consumidores do produto.
Segundo a Associação Brasileira de Criadores de Suínos, uma pesquisa feita em sete Estados mostrou que o consumidor brasileiro não come mais carne suína porque os cortes ainda são grandes, nada práticos para o ritmo de vida atual. Quando foram oferecidos cortes menores, o consumo aumentou de 50 a 120%. Ou seja, falta modernizar o produto, tanto quanto as informações sobre as características da carne suína produzida atualmente.
Os investimentos precisam ser feitos em toda a cadeia produtiva. A compostagem dos dejetos, por exemplo, é uma saída para os passivos ambientais e pode gerar renda. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolveu um modelo há três anos em que o produtor pode até exportar adubo. Porém, ainda faltam garantias para a implantação do sistema.
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