| 30/06/2009 08h57min
As captações financeiras feitas pela Petrobras nos primeiros cinco meses do ano, que somaram US$ 31 bilhões considerando a taxa de câmbio de R$ 2, poderão financiar os investimentos da estatal num prazo entre dois e cinco anos, dependendo do comportamento do preço internacional do petróleo. A informação é de reportagem do jornal O Estado de S.Paulo.
O presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, revelou que a empresa trabalha com dois tipos de cenário, de maior e menor nível de estresse no mercado:
– É muito difícil fazer projeção. Estamos trabalhando com duas curvas de preço. Uma que chamamos de curva de estresse, prevê US$ 37 (como preço de referência do barril de petróleo) para este ano; US$ 40 para 2010, e US$ 45 para 2011. E outra, que dá uma média de US$ 65. Se o preço do petróleo ficar nesta curva mais baixa, o que nós captamos dá para financiar dois anos de nosso investimento. Se o preço fica mais próximo dos US$ 65, com
os US$ 31 bilhões financiamos cinco anos.
Então, dependendo do preço do petróleo, o que captamos já é suficiente para financiar dois ou cinco anos – afirmou o executivo.
Deve sair nos próximos dias a liberação de um financiamento de R$ 25 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a Petrobras, que será feito por meio de transferência de títulos do Tesouro Federal. De acordo com Gabrielli, o repasse será feito integralmente e não em parcelas, como chegou a ser cogitado. Este é o maior aporte de todas as captações feitas até agora, que foram detalhadas da seguinte forma pelo presidente da Petrobrás:
– Captamos – usando como taxa de câmbio R$ 2 – US$ 12,5 bi do BNDES, US$ 10 bi da China, US$ 6,5 bi de um sindicato de bancos e US$ 2 bilhões do US Eximbank.
Ele comentou que estes recursos já estão "de bom tamanho" para o nível de investimentos da companhia, mas não descartou novas idas ao mercado:
– Se tivermos oportunidade, fazemos – comentou.
Gabrielli esclareceu que dos US$ 6,5 bilhões obtidos com um sindicato de bancos, US$ 1,5 bilhão já sofreu alongamento de prazo de dois para10 anos, com a transformação de empréstimo-ponte em bond e adiantou:
– Podemos fazer operação de bonds a qualquer momento.
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