| 28/06/2009 15h30min
As ações de governo do Mato Grosso no controle e erradicação da febre aftosa foram apresentadas nessa semana em Assunção (Paraguai), durante a Conferência Mundial de Febre Aftosa promovida pela Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE) e Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), com apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
O Estado de Mato Grosso foi convidado para participar e apresentar a execução do Programa de Erradicação da Febre Aftosa, desenvolvido pelos técnicos do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) que tem como proposta combater a febre aftosa e manter a sanidade do rebanho mato-grossense na fronteira com a Bolívia.
O responsável pelo programa, médico veterinário Fernando Antonio Moretto, fez a apresentação. Participaram também da Conferência Internacional o presidente do Indea-MT, Decio Coutinho, o presidente do Fundo Emergencial da Febre Aftosa (Fefa), Zeca Dávila, e o presidente do Sindicato das Empresas de Leilões Rurais de Mato Grosso, Kleiber Leite Pereira.
Segundo Fernando Moretto, da Coordenadoria de Controle das Doenças dos Animais (CCDA), o Indea continuará atento à região de fronteira do Estado, porque nestas localidades é necessário manter a segurança e impedir que o rebanho estadual seja contaminado com a febre aftosa.
Mato Grosso está há mais de 13 anos sem o foco da doença.
– A Bolívia ainda não foi reconhecida como área livre da febre aftosa, os rebanhos das regiões que compreendem os municípios localizados num raio de 15 quilômetros da fronteira, continuam a ser imunizados três vezes ao ano contra a doença – afirmou.
O presidente do Indea lembrou do desafio lançado pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, em tornar o Brasil livre de febre aftosa com vacinação até dezembro de 2010. Ele revelou ainda que o governo do Estado trabalha estratégias traçadas para um maior cuidado aos "pontos de estrangulamentos", como no caso da região de fronteira, assentamentos e reserva indígena.
– A região de fronteira, onde sempre vai ser feito um trabalho diferenciado, porque no mundo inteiro as fronteiras são tratadas de forma diferente; os assentamentos pela dinâmica de comercialização; e as reservas indígenas, porque precisamos ter a garantia que esses animais estão vacinados, por isso traçamos essas estratégias e podemos contar com a parceria do Fundo Emergencial da Febre Aftosa [Fefa] – explicou Decio Coutinho.
No Brasil, além de Mato Grosso, outras 15 unidades da federação são internacionalmente reconhecidas como livres de aftosa com vacinação. Apenas o Estado de Santa Catarina detém o status de livre da doença sem vacinação.
Nos três dias de conferência, 450 participantes dos 174 países, entre diretores de serviços veterinários, especialistas e pesquisadores, discutiram vários temas que englobam a febre aftosa no mundo, com o objetivo de melhorar o sistema de defesa.
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