| 25/06/2009 14h27min
As ações de Governo do Mato Grosso no controle e erradicação da febre aftosa estão sendo apresentadas, desde esta quarta, dia 24, em Assunção, no Paraguai, durante a Conferência Mundial de Febre Aftosa. O evento é promovido pela Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE) e Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), com apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O Estado de Mato Grosso foi convidado para participar e irá apresentar a execução do Programa de Erradicação da Febre Aftosa, desenvolvido pelos técnicos do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) que tem como proposta combater a febre aftosa e manter a sanidade do rebanho mato-grossense na fronteira com a Bolívia.
O responsável pelo programa, médico veterinário Fernando Antonio Moretto, é quem fará a apresentação. Participam também da Conferência Internacional o presidente do Indea-MT, Decio Coutinho, o presidente do Fundo Emergencial da Febre Aftosa (Fefa), Zeca Dávila, e o presidente do Sindicato das Empresas de Leilões Rurais de Mato Grosso, Kleiber Leite Pereira.
Segundo Fernando Moretto, da Coordenadoria de Controle das Doenças dos Animais (CCDA), o Indea continuará atento à região de fronteira do Estado, porque nestas localidades é necessário manter a segurança e impedir que o rebanho estadual seja contaminado com a febre aftosa. Mato Grosso está há mais de 13 anos sem o foco da doença.
—A Bolívia ainda não foi reconhecida como área livre da febre aftosa, os rebanhos das regiões que compreendem os municípios localizados num raio de 15 quilômetros da fronteira, continuam a ser imunizados três vezes ao ano contra a doença — afirmou Moretto.
O presidente do Indea lembrou do desafio lançado pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, em tornar o Brasil livre de febre aftosa com vacinação até dezembro de 2010. Ele revelou ainda que o Governo do Estado trabalha estratégias traçadas para um maior cuidado aos "pontos de estrangulamentos", como no caso da região de fronteira, assentamentos e reserva indígena.
— A região de fronteira, onde sempre vai ser feito um trabalho diferenciado, porque no mundo inteiro as fronteiras são tratadas de forma diferente; os assentamentos pela dinâmica de comercialização; e as reservas indígenas, porque precisamos ter a garantia que esses animais estão vacinados, por isso traçamos essas estratégias e podemos contar com a parceria do Fundo Emergencial da Febre Aftosa [Fefa] — explicou Decio Coutinho.
No Brasil, além de Mato Grosso, outras 15 unidades da federação são internacionalmente reconhecidas como livres de aftosa com vacinação. Apenas o Estado de Santa Catarina detém o status de livre da doença sem vacinação. Nos três dias de conferência, 450 participantes dos 174 países, entre diretores de serviços veterinários, especialistas e pesquisadores, discutirão vários temas que englobam a febre aftosa no mundo, com o objetivo de melhorar o sistema de defesa.
Mato Grosso tem ainda mais duas etapas de vacinação contra a febre aftosa, uma em maio para animais de zero a 24 meses e outra em novembro para animais de mamando a caducando. A redução da obrigatoriedade da vacinação de três para duas etapas, com autorização do Mapa, foi um pedido antigo do setor, que só foi possível após o parecer favorável com base em estudos de campo e científicos, além dos excepcionais índices de vacinação.
O evento segue até esta sexta, dia 26, com objetivo de fazer o balanço geral das ações de controle e erradicação da doença no mundo, buscando garantir a segurança alimentar e a diminuição da pobreza. As informações partem da Assessoria de Imprensa do Indea-MT.
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