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 | 18/06/2009 14h20min

Chegou a hora de o Grêmio melhorar

Diogo Olivier, colunista online  |  diogo.olivier@zerohora.com.br



Foto: Diego Vara









Como se previa, o Grêmio está na semifinal da Libertadores. Não foi assim com honra e glórias, já que a classificação veio com dois empates (1 a 1 na Venezuela e um 0 a 0 perigoso, ontem, como indica o encardido lance da foto). Mas o Grêmio nunca se preocupou muito, historicamente, em alcançar seus objetivos dando show e cobrando couvert em vez de ingresso antes do espetáculo. No Olímpico, o negócio é chegar lá. E o Grêmio chegou. Mas se o time do técnico Paulo Autuori quiser ser campeão, terá de se fazer uma pergunta:

De agora em diante, como é que vai ser?

Sim, por que acabou a moleza para o Grêmio. Não que Cruzeiro, São Paulo, Estudiantes ou Nacional sejam esquadras invencíveis, incapazes de serem abatidas. São times medianos. Nenhum deles tem um craque como o Boca Juniors de Riquelme em 2007 para desequilibrar. Mas é fato: acabaram-se os confrontos nos quais o favoritismo azul era algo incontestável. Agora é tudo igual. Assim, será preciso resolver alguns problemas para jogar mais do que nas duas partidas diante do Caracas. Vamos a elas:

1) Está na hora de definir um companheiro para Maxi López. Tudo bem que o argentino não é nenhum Jardel, embora use a beata camisa 16, mas definir o ataque é uma imposição. Não dá para encarar as finais sem saber os atacantes titulares.

2) A novela Souza tem que acabar. Está claro que a indefinição entre voltar ao PSG e ficar no Olímpico entrou em campo contra Souza. Seu rendimento caiu. Ele foi mal contra o Fluminense. Ontem, novamente: apático, desinteressado.

3) O capitão Tcheco precisará crescer na hora decisiva. É uma dúvida que paira sobre suas costas: no momento de ser campeão, ele nunca é destaque. Como é o centro técnico e a liderança do time de Autuori, chegou a sua hora.

4) Adilson e Túlio, os dois volantes, precisam mudar no 4-4-2. De vez em quando, ao menos, eles têm que se projetar. Do contrário, basta marcar os meias Tcheco e Souza e pronto: Maxi López e o seu companheiro de ataque, qualquer um deles menos Alex Mineiro, serão condenados ao esquecimento outra vez.

São questões para serem resolvidas o quanto antes. Por que, daqui para frente, será preciso mais, bem mais, para ser tri da América. 

Leia os textos anteriores da coluna No Ataque.

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