| 17/06/2009 17h29min
A balança comercial do agronegócio obteve saldo positivo de US$ 19, 737 bilhões de janeiro a maio deste ano, queda de 12,49% em relação ao mesmo período de 2008. Os dados constam em levantamento divulgado nesta quarta, dia 17, pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
As exportações totalizaram US$ 24,103 bilhões no acumulado do ano, enquanto as importações somaram US$ 4,366 bilhões. Apesar do decréscimo, justificado pela redução do preço médio dos produtos embarcados para o Exterior, houve aumento da participação do agronegócio brasileiro nas vendas externas totais nos cinco primeiros meses de 2009 na comparação com 2008, de 37,8% para 43,4%.
– Houve um ritmo maior de queda nas exportações totais, enquanto que no agronegócio esta queda ocorreu em menor proporção – disse a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, ao justificar a maior participação do setor.
Segundo ela, enquanto as vendas totais caíram 23% no acumulado de 2009, as exportações do agronegócio retraíram 11,5%. O complexo soja lidera a lista de produtos exportados, com um total embarcado de US$ 6,9 bilhões, 1% a mais em relação ao mesmo período do ano passado. Embora o preço médio praticado no mercado internacional até maio tenha caído 15,8% na comparação com 2008, o volume exportado compensou esta retração e apresentou expansão de 19,8%.
– A elevação ocorreu em um cenário favorável, principalmente em função da redução dos estoques mundiais – justificou a senadora.
Diferentemente da soja, o complexo carnes teve queda de 21,09% nas exportações. O recuo de 17,9% no preço médio da tonelada observado até agora e a queda de 4,8% no volume embarcado para o Exterior fizeram com que o valor exportado totalizasse US$ 4,4 bilhões no acumulado deste ano.
– Houve uma forte recessão nos países que demandam a carne brasileira – justificou Kátia Abreu.
Observou-se também que o complexo sucroalcooleiro reagiu e apresentou o maior crescimento em termos de volume exportado no período de janeiro a maio deste ano, de 27,8%. O total embarcado foi de 8,9 milhões de toneladas. Os preços médios praticados cresceram 27,9%, o que resultou em uma cifra de US$ 2,8 bilhões.
Já o café registrou aumento de 13,3% no volume exportado, passando de 611 mil para 961 mil toneladas nos cinco primeiros meses de 2009. No entanto, como os preços médios praticados no mercado internacional no período caíram de US$ 2.935 para US$ 2.366 por tonelada, os valores exportados registraram redução de 8,7%, de US$ 1,7 bilhão para US$ 1,6 bilhão em 2009.
Em relação aos destinos das exportações brasileiras, a China se consolidou como o principal parceiro comercial do Brasil no período de janeiro a maio, respondendo por 13,95% do total das vendas externas referentes ao agronegócio brasileiro, o equivalente a US$ 3,3 bilhões. Em 2008, no mesmo período, essa participação era de 11,97%, ou US$ 3 bilhões.
Quanto às importações, também houve crescimento da participação do agronegócio nas aquisições realizadas pelo país, de 7,4% no ano passado para 9,5%. O trigo continua como principal produto adquirido de outros países. As importações do cereal de janeiro a maio somaram US$ 620 milhões, valor 30% menor que o volume importado nos cinco primeiros meses de 2008. A quantidade importada neste ano foi três mil toneladas, 4,9% a mais que o mesmo período do ano passado.
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