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 | 16/06/2009 16h35min

Celso Roth não vem. E agora?

Diogo Olivier, colunista online  |  diogo.olivier@zerohora.com.br



Foto: Carlos Roberto, AE










Dia destes, topei com o secretário de Esportes de Porto Alegre, João Bosco Vaz. Conversávamos sobre a Copa de 2014 e os projetos na prefeitura, entre outros assuntos menos votados, quando deparei com um comportamento, digamos, espantoso. Não do João Bosco, mas de Celso Roth. Este mesmo Celso Roth, flamante líder do Campeonato Brasileiro após seis rodadas com o modesto Atlético-MG. Vou explicar.

Há 19 anos, Bosco organiza uma festa que já entrou para o calendário esportivo gaúcho.

O Encontro do Esporte rende justos louvores a jogadores e ex-jogadores muitas vezes esquecidos. É uma confraternização. Que começou no Rio Grande do Sul, ganhou abrangência nacional e, mais recentemente, ultrapassou fronteiras.

Lembro quando o uruguaio Gigghia, carrasco da Seleção Brasileira em 1950, aceitou o convite. Gigghia é pequenino, mirrado, mas sua presença encheu os salões da Sogipa. Didi, pouco antes de morrer, Zagallo, Carlos Alberto Torres, Jairzinho, Clodoaldo, nem dá para lembrar de todas as lendas que vieram a Porto Alegre rever velhos amigos. Times inteiros se reencontraram, como o Inter campeão brasileiro invicto em 1979 e o Grêmio dono do Mundo em 1983, reunidos no palco após décadas, como se fossem entrar em campo dali a pouco.

Este ano, o tema são os 100 anos do clássico Gre-Nal, com foco em quem fez história nos dois clubes.

Na rivalidade da Província de São Pedro, ser lembrado pelos dois lados é uma façanha. Leão, técnico do Sport, já prometeu ao Bosco: fará das tripas coração para estar presente, apesar da distância. Tite joga no dia 5 em Pernambuco, volta para a festa, que é no dia 6 de julho e, menos de 24 horas depois, embarca para Quito, onde o Inter decide a Recopa contra a LDU, no dia 9. Rubens Minelli, Dino Sani, Procópio Ferreira, a lista de presenças é de fôlego. A família do colorado Carlitos, maior artilheiro do clássico. O gremista Iúra, autor do gol mais rápido de um Gre-Nal, a 14 segundos, em 1977.

Todos confirmaram presença. Menos um.

Bosco diz que tentou várias vezes contato por telefone. Insistiu, deixou recado, tornou a tentar, apelou em tom dramático. Mas Celso Roth não virá. Alegou, em um dos contatos, que no dia 6 de julho estaria "contratando um jogador e não teria condições". Bosco achou estranho ter dia e hora para contratar alguém com tanta antecedência, mas tudo bem.

A festa não terá Celso Roth. E agora? 


Leia os textos anteriores da coluna No Ataque.

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