| 02/06/2009 12h45min
O desmatamento na Amazônia entre fevereiro e abril derrubou pelo menos 197 quilômetros quadrados de florestas, segundo relatório do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Devido a uma pouca visibilidade na região durante o período de análise, o instituto monitorou apenas 20% da Amazônia e, por isso, diz que a devastação pode ter sido muito maior.
Na comparação com o mesmo período no ano passado, houve uma queda de 90% já que em 2008 foram registrados 1,992 mil quilômetros quadrados de desmatamento.
Os 197 quilômetros quadrados de desmate foram registrados em Mato Grosso, Rondônia, Roraima e Pará.
De acordo com o Inpe, os Estados do Acre, Amazonas, Amapá, Tocantins e Maranhão não foram monitorados devido à alta proporção de cobertura de nuvens no trimestre.
O estado de Mato Grosso foi responsável por mais de 56% do desmatamento no período, com 111,8 quilômetros quadrados de floresta a menos em três meses.
O Pará vem em seguida, com cerca de 25% (50,9 quilômetros quadrados). Roraima aparece em terceiro, com 20,9 quilômetros quadrados de desmate, 10,6% do total registrado no trimestre.
Os dados apresentados pelo Inpe permitem, segundo o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, uma comparação com o mesmo período do ano passado.
— Mais de 50% da queda do desmatamento que foi brutal, o desmatamento caiu 90%, uma parte disso é explicada porque aumentou a cobertura de nuvens e a maior parte é explicada porque a gente dobrou as operações, dobrou as apreensões — disse Minc.
Ainda como parte das ações de combate ao desmatamento na Amazônia, no próximo dia 19, o governo promete organizar uma grande mobilização nos municípios campeões em degradação ambiental. A idéia é levar alternativas econômicas à população que vive no campo.
— Em cada um desses municípios que mais desmatam [atualmente são 43] vão equipes dos ministérios, em uma primeiro momento, com os próprios ministros, agentes do Banco do Brasil e do Basa e técnicos de extensão. Previamente já foi feito um trabalho selecionando os agricultores, os extrativistas, os empreendimentos sustentáveis que precisam de crédito — acrescentou o ministro.
A exemplo do ano passado, o ministério do Meio Ambiente promete entrar com 70 ações civis públicas contra os principais responsáveis pelo desmatamento da Amazônia. A lista com os nomes dos envolvidos na irregularidade será divulgada ainda este mês.
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