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 | 02/06/2009 11h22min

Estratégia do Grêmio funciona na Libertadores, mas fracassa no Brasileirão

Time vem adotando força máxima nas duas competições

Jogar o Brasileirão e a Copa Libertadores concomitantemente não é nenhuma novidade para o Grêmio. Desde que o campeonato nacional passou a ser disputado pela fórmula dos pontos corridos, em 2003, o Tricolor já passou por essa situação em outras duas oportunidades: há sete temporadas e 2007. Com o certame do país começando mais cedo, o clube se vê obrigado a escolher entre se dedicar aos dois ou priorizar um torneio.

Neste ano, a escolha até o momento tem sido jogar com força máxima os dois campeonatos. Na Libertadores, tem dado certo. O time está a um empate sem gols da vaga nas semifinais.

No Brasileirão, porém, o Grêmio tem a pior arrancada em comparação aos outros dois anos em análise. Ainda com Marcelo Rospide no comando, que tapava o buraco deixado pela demissão de Celso Roth, o Tricolor empatou em casa com o Santos. Depois, de novo com os titulares, perdeu para o Atlético-MG nos minutos finais no Mineirão, com pênalti duvidoso. A vitória por 2 a 0 sobre o Botafogo, no Olímpico, na estreia do técnico Paulo Autuori, foi a única até o momento. Contra o Vitória, jogo em que apenas o meia Tcheco foi poupado, nova derrota nos últimos minutos. Saldo: quatro pontos em 12 disputados.

Em 2003, ano do centenário gremista, o técnico Tite também colocou em campo os principais jogadores em ambas as competições. Mas o resultado, no Brasileirão, foi melhor. Nas quatro primeiras rodadas, venceu Guarani e Vitória, empatou com o Goiás e perdeu para o Atlético-PR – foram sete pontos e um gol no saldo. Na Libertadores, contudo, o Grêmio não passou das quartas-de-final, sendo eliminado pelo Independiente – que terminou em terceiro lugar. Mais tarde, afundou no campeonato nacional e penou para escapar do rebaixamento.

Em 2007, ainda pedindo passagem no cenário nacional, Mano Menezes colocou um time reserva na estreia no Brasileirão, contra o Paraná. Levou 3 a 0. No jogo seguinte, poupou apenas o volante Lucas e venceu o Fluminense. Depois, voltou a poupar titulares e venceu o Sport, mas, em seguida, novamente com time misto, levou 3 a 0 do Botafogo. Conseguiu seis pontos. Mas, se a ideia era priorizar a Libertadores, a estratégia funcionou. O Grêmio foi até a final, quando acabou barrado pelo Boca Juniors. No Brasileiro, terminou em sexto lugar.

Chegando à final da Libertadores 2009, o Grêmio ainda terá duas competições simultâneas até o final de julho. Tempo suficiente para reforçar o grupo e se recuperar também no Brasileirão.

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