| 01/06/2009 14h59min
O plano de reestruturação da General Motors (GM) permitirá que a montadora norte-americana saia rapidamente da concordata como uma companhia mais forte, disse hoje o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Ele advertiu, contudo, que consertar os problemas da GM significará um "preço alto demais" para muitos norte-americanos.
Obama também defendeu os resgates da GM e da Chrysler dizendo que o colapso de ambas "seria devastador para o país".
— Não vou fingir que os tempos difíceis acabaram. Dias difíceis estão à frente. Mais empregos serão perdidos, mais fábricas serão fechadas, mais revendedores fecharão suas portas, assim como muitos fornecedores de autopeças — , acrescentou Obama.
O governo dos EUA injetará mais US$ 30 bilhões na GM durante o processo de concordata, investimento que lhe dará 60% de participação na companhia. Obama repetiu que o governo é um "acionista relutante", sem interesse em dirigir a empresa em suas operações do
dia-a-dia. Falando no mesmo dia em que a GM
entrou com pedido de concordata em Nova York, Obama disse que nenhuma das partes interessadas na companhia recebeu tratamento especial e disse que o sindicato dos trabalhadores, o UAW, está fazendo "sacrifícios dolorosos, além de todos aqueles que eles já fizeram".
O presidente norte-americano disse que os credores não segurados, que concordaram em trocar US$ 27 bilhões em dívida por 25% de participação na GM, irão recuperar "muito mais" do que conseguiriam se a companhia fosse liquidada.
— Instruí minha força-tarefa para tratar todas as partes interessadas da GM de forma justa e para assegurar que essa reestruturação foi realizada de uma forma coerente com o passado. E foi", disse Obama. As informações são da Dow Jones.
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