| 31/05/2009 14h10min
O grupo de trabalho da cultura do feijão do Paraná, criado por reivindicação do setor ao secretário da Agricultura do Estado, Valter Bianchini, apresentou uma série de reivindicações que serão encaminhadas também aos ministérios do Desenvolvimento Social e do Desenvolvimento Agrário. O objetivo é buscar, em conjunto, alternativas para os problemas atuais de comercialização da safra paranaense de feijão.
Os pedidos apresentados incluem a aquisição e escoamento, pelo governo federal, da safra excedente de feijão do Sul do país, através do AGF (Aquisição do Governo Federal); aquisição direta de produto constante na pauta da Política de Garantia de Preço Mínimo, para as regiões Norte e Nordeste, com o objetivo de atender às populações atingidas pelas enchentes; aumentar o limite de venda de R$ 3,5 mil por agricultor, dentro Programa Aquisição de Alimentos (PAA); possibilitar que o produtor rural amplie também para a segunda safra, conhecida como safrinha, a venda de mais 748 sacas de feijão por produtor, via AGF, junto à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab); e aumentar o valor do Prêmio dos leilões para o Escoamento do Produto (PEP).
O Paraná é o principal Estado produtor de feijão do país. A produção paranaense, considerando-se as três safras, é estimada em 768 mil toneladas, o que corresponde a 21% da produção brasileira, de 3,7 milhões de toneladas, para a safra 2008/2009, segundo a Conab. Minas Gerais, com 607 mil toneladas (16% do total) é o segundo Estado produtor. Na terceira posição está a Bahia, com uma produção de 302 mil toneladas, representando 10% do total produzido no país.
Para o economista Francisco Carlos Simioni, chefe do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, este primeiro encontro de trabalho foi importante para dar um novo encaminhamento ao setor.
– Estamos ajudando a dar um suporte a mais na organização do agricultor familiar também neste setor. O ano de 2008 foi muito bom para o feijão, que chegou a média de R$ 135 a saca de 60 quilos. Buscamos alternativas viáveis para agilizar o escoamento da safra paranaense, para que o produtor possa manter seus ganhos – diz Simioni.
Em abril deste ano, os preços médios giraram em torno dos R$ 67 para a saca de 60 quilos. O preço mínimo estipulado pelo governo está em R$ 80.
– Com as medidas discutidas pelo grupo de trabalho tentaremos equilibrar os custos de produção junto ao agricultor, mantendo-o estimulado e o mercado aquecido – diz o chefe do Deral.
Além dos técnicos da Secretaria e do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, participaram da reunião representantes da Conab, Banco do Brasil, Codapar, Iapar, Emater, IBGE, Faep, Ibrafe e Sindicato Rural de Castro. A próxima reunião do grupo foi agendada para a segunda quinzena de junho, após a divulgação do Plano Safra 2009/2010, quando se terá um quadro mais detalhado do setor e das novas medidas que poderão ser adotados para a safra do feijão.
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