| 19/05/2009 15h13min
Dirigentes da Sadia e da Perdigão afirmam que não há previsão de demissões na operação de fusão entre as duas empresas do ramo de alimentos, que foi anunciada nesta terça, dia 19. Conforme estimativa das duas companhias, a empresa resultante, Brasil Foods, deverá ser a maior empregadora privada no Brasil, com mais de 100 mil funcionários.
Segundo o presidente da Sadia, que será copresidente da Brasil Foods, Luís Fernando Furlan, não haverá fechamento de fábricas e espera-se um aumento da demanda e, por consequência, da produção, devido aos esforços combinados das duas companhias para ampliação dos negócios.
— Nós estamos fazendo essa associação para aumentar o número de empregos — afirmou Furlan.
Em relação aos consumidores, tanto a Sadia quanto a Perdigão garantem que não ocorrerão mudanças e que serão mantidas todas as marcas e produtos oferecidos atualmente.
Apesar da otimização dos meios de produção e da logística resultantes da fusão, não há indicação de redução de preços para o consumidor. De acordo com o presidente da Perdigão e copresidente da nova empresa, Nildemar Sanches, o principal motivo de não haver diminuição nos custos é o fato de as empresas serem apenas uma parte da cadeia produtiva, que envolve também os distribuidores, atacadistas e vendedores do varejo.
Quanto a uma possível concentração de mercado, Sanches admitiu que a Brasil Foods terá uma fatia significativa de vários segmentos do setor de alimentação, mas ressaltou que ainda não se conhecem as dimensões da parcela de mercado referente à nova empresa. Sanches destacou que uma parte significativa da atuação das companhias é no exterior: Metade do nosso faturamento vem de fora do Brasil.
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