| 13/05/2009 08h53min
Representantes da citricultura brasileira estiveram reunidos para debater a sustentabilidade econômica do setor. O Citrus Dinner ocorreu em Limeira, no interior paulista, e contou com a participação do diretor do Departamento de Citrus da Flórida, Bob Norberg. O Estado norte-americano é o segundo maior produtor mundial de laranja, principal concorrente brasileiro.
Segundo Norberg, estimular o consumo do suco de laranja é a saída para a citricultura mundial. Ele diz que queda de mais de 30% no consumo da bebida nos Estados Unidos e na Europa vem prejudicando a viabilidade do setor.
– Precisamos de preços mais altos, então precisamos estimular os consumidores a comprar mais para que a atividade seja economicamente sustentável – afirmou.
O pesquisador norte-americano participou do encontro entre produtores, indústrias e pesquisadores que representam mais de 60% da citricultura brasileira.
O evento tratou das
perspectivas do setor diante da crise mundial. Devido à
turbulência econômica, os principais países consumidores de suco de laranja resolveram queimar estoques e reduziram as compras. A medida pressionou os preços do produto, que só voltou subir nas últimas semanas.
O citricultor espera o início da moagem da safra programado para julho, em meio a muitas incertezas. O custo de produção da caixa de laranja aumentou e fica entre R$ 8 e R$ 12, tendo o greening e a escalada no preço dos insumos como os principais responsáveis pela alta. Por outro lado, o produtor brasileiro de citrus não sabe por quanto tempo vai conseguir vender a safra e nem mesmo se vai ter comprador para a produção.
Na opinião do consultor Marcos Rosolen, o preço do citrus não deve atingir o patamar do ano passado. Mesmo assim, ele acredita que o Brasil apresenta condição melhor que o principal concorrente no mercado de suco de laranja.
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