clicRBS
Nova busca - outros

Notícias

 | 12/05/2009 17h39min

Greenpeace defende identificação de produtos com milho transgênico

Dificuldade em segregar produção convencional e GM facilita mistura

Melina Fernandes

A colheita da primeira safra de milho transgênico no país revelou o descontrole na separação entre as lavouras geneticamente modificadas e as convencionais. A principal polêmica é sobre o direto dos consumidores de saber o que estão comprando.

A falta de estrutura para garantir que a produção de milho geneticamente modificado (GM) seja colhida, transportada e armazenada separadamente é a principal razão da mistura com os grãos convencionais. Alguns especialistas dizem que esse processo é inevitável, e que não há problema por se tratar de uma variedade liberada pelo governo. Mas os ambientalistas saem em defesa do consumidor.

– Essa mistura que na alegação não faz mal à saúde força a indústria a separar e analisar isso, porque a gente vê na prateleira que o tezinho (símbolo de produtro transgênico) não tá aparecendo – diz Nilo d'Ávila, assessor de Políticas Públicas do Greenpeace.

– O que a gente precisa hoje é a segregação: quem quiser consumir transgênico que consuma, quem quiser plantar transgêncio que produza, mas quem quiser que tenha a possibilidade de ter essa diferencial na prateleira – completa.

A fiscalização do governo, segundo o Greenpeace, deveria garantir o cumprimento das regras para a separação dos grãos transgênicos dos convencionais. Mas segundo alguns especialistas, a Lei de Biossegurança não impede a mistura.

– Essa mistura não é impedida por lei a segregação ocorrerá se o mercado assim exigir. Por ser agora a primeira safra, é muito natural que ocorra esse tipo de falta de experiência. Aí o mercado diferenciado não está devidamente delineado – explica o consultor em biotecnologia Reginaldo Minaré.

Outra preocupação é com a contaminação das lavouras convencionais com pólen de plantas transgênicas. Uma das alternativas seria rever as regras de espaçamento entre as plantações para evitar o problema.

– (É preciso ver) Se naquelas lavouras em que ocorreu a mistura forem efetivamente respeitadas as regras, e se aquelas regras são suficientes para essa manutenção – diz Minaré.

CANAL RURAL
Reprodução / Canal Rural

Símbolo de produtro que contém transgênicos, T não tem sido utilizado em embalagens
Foto:  Reprodução  /  Canal Rural


Comente esta matéria

Notícias Relacionadas

08/04/2009 16h40min
Fórum Canal Rural: Mercado nacional de milho se abre ao etanol e à transgenia
30/03/2009 10h50min
Milho transgênico é colhido pela primeira vez em SC
19/03/2009 18h01min
CTNBio aprova nova variedade de algodão transgênico
17/03/2009 11h49min
Pesquisadores defendem biotecnologia para ampliar exportações de milho
02/03/2009 15h29min
Milho transgênico da Monsanto sofre revés na UE
12/02/2009 17h31min
Estudo afirma que milho transgênico proibido na França não faz mal à saúde
 
SHOPPING
  • Sem registros
Compare ofertas de produtos na Internet

Grupo RBS  Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2010 clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.