| 11/05/2009 18h58min
O presidente da General Motors (GM), Fritz Henderson, reiterou nesta segunda, dia 11, que a quebra da empresa é "provável", mas mesmo assim afirmou que não melhorará a oferta aos proprietários de bônus para a reestruturação da dívida.
A GM precisa de um acordo com 90% dos donos de seus títulos até 26 de maio, ou será obrigada a declarar quebra em 1º de junho.
A pressão não tornará melhor os termos da troca de títulos, segundo Henderson, que afirmou que o Governo dos Estados Unidos disse que não poderá dar aos investidores mais de 10% das ações da nova companhia.
— Não temos nenhum plano de fazer modificações (à oferta) neste momento — explicou Henderson em coletiva de imprensa.
O plano em discussão prevê que o Governo dos EUA fique com 5% das ações, em compensação por seus empréstimos à GM.
O fundo do seguro de saúde dos empregados manteria outros 39% das ações, os detentores de bônus, 10%, e os acionistas atuais, 1%.
Alguns credores, que possuem títulos no valor de mais de US$ 27 bilhões, se queixaram que segundo esses termos recuperarão uma percentagem muito menor de seu investimento que o fundo dos empregados.
— Hoje, é mais provável que tenhamos que recorrer ao processo de quebra — disse Henderson, que fez declarações similares nas últimas semanas.
A General Motors examina atualmente país por país a perspectiva de declarar quebra de suas operações.
Henderson disse que poderia ser declarada uma quebra global ou apenas em EUA e América do Norte, e manter fora dela suas filiais no resto do mundo.
Na semana passada, a General Motors anunciou que tinha perdido US$ 6 bilhões no primeiro trimestre do ano. A empresa só se manteve graças aos US$ 15,4 bilhões que recebeu do Departamento do Tesouro até agora.
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