A recuperação dos preços das commodities deve amenizar a queda da renda agrícola em 2009. A estimativa de renda agrícola das 20 principais lavouras no Brasil para este ano é de R$ 156 bilhões, o que significa uma queda de 3,2%. Mesmo assim, o valor estimado é o segundo maior desde 1997.

No ano passado, a receita do campo fechou em R$ 161,1 bilhões. Em janeiro, o Ministério da Agricultura calculou que, em função da crise, a renda em 2009 seria de R$ 152 bilhões, prevendo uma redução de 7%.

Entre os produtos que tiveram maior alta na renda, estão a uva, com crescimento de 218,5%; o amendoim e o arroz, com acréscimo de 21,1%; o cacau, 19,7%; e a mandioca, 14,3%.

As maiores quedas foram registradas no milho, de 26,4%; no algodão, de 22,8%; no trigo, de 19,3%; no café, de 14,4%; e na cebola, de 13,5%.

Segundo o coordenador-geral de Planejamento do Ministério da Agricultura, José Garcia Gasquez, o preço é a principal razão da elevação da renda. A situação que pode melhorar ainda mais, já que os dados divulgados agora levam em consideração os preços de março, mas foi em abril que as commodities tiveram um salto de valorização.

O mercado espera que os preços que vão vigorar nos próximos meses sejam preços com tendência de alta.

Outros produtos como tomate, feijão, fumo, banana e soja também devem apresentar queda na renda. No caso da soja, embora com pequeno percentual de redução, o impacto em valor absoluto da renda é elevado por sua importância na composição da renda agrícola.