| 25/04/2009 15h47min
A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, disse neste sábado que o surto de gripe suína detectado no México e nos Estados Unidos é muito grave, de evolução imprevisível e "deve ser vigiado de perto". Em entrevista coletiva, Chan disse que a situação está evoluindo muito rapidamente. Embora a OMS ainda não tenha lançado um alerta de epidemia, ela afirma que "está claro que se trata de um vírus animal que foi transmitido ao homem" e que a situação "tem um potencial pandêmico", já que as pessoas estão sendo infectadas.
Em seguida, a OMS emitiu um protocolo de atuação para os laboratórios clínicos, a fim de que estes identifiquem o quando antes os casos positivos de gripe suína relacionados aos focos detectados no México e nos Estados Unidos. A entidade recomenda uma série de medidas de precaução e pede encarecidamente que "todas as amostras de casos suspeitos sejam enviadas o mais rápido possível a algum dos laboratórios de referência" da organização mundial.
Segundo o sistema de alarme estabelecido pela OMS, existem seis níveis que informam a comunidade internacional da potencial ameaça de uma doença epidêmica. Neste momento, a OMS classifica os casos de gripe suína como de grau 3 dentro do alerta epidêmico. Ou seja, para as autoridades, existe "pouca ou muito pouca transmissão do vírus de pessoa para pessoa". O nível mais grave no sistema de alarme é declarado quando se confirma que existe uma transmissão permanente de pessoa para pessoa.
Margaret Chan afirmou que outros focos da doença não foram detectados em nenhuma outra parte do mundo. Porém, pediu que todos os países notifiquem imediatamente casos anormais de pneumonia ou de gripe. Segundo a especialista, diferentemente da gripe comum, que atinge mais crianças e idosos, a gripe suína é mais comum entre adultos jovens e com boa saúde. Chan também desmentiu os rumores de que vários profissionais da área da saúde se contaminaram.
Até o momento, 20 pessoas morreram de
gripe suína no México,
mas há mais de mil pessoas com pneumonia em observação. Chan disse que os casos nos Estados Unidos, onde não houve mortes, são leves. Cerca de 75 estudantes de uma escola secundária do Queens, em Nova York, registraram sintomas similares. O Departamento de Saúde de Nova York enviou uma equipe de investigação ao colégio depois que os alunos doentes tiveram náuseas, febres, enjôos e dores, e alguns dos estudantes admitiram que recentemente viajaram ao México.
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