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 | 22/04/2009 20h38min

Estiagem piora situação de queimadas em MS

Lavouras que ainda não receberam a quantidade de água necessária se desenvolvem em ritmo lento

Atualizada às 20h45min Luiz Patroni | Campo Grande (MS)

A estiagem prolongada fora de época, que trouxe preocupação para os produtores rurais de Mato Grosso do Sul, também deixou em alerta os ambientalistas. O número de queimadas registradas este ano no Estado já é 230% maior do que no mesmo período de 2008.
 
A seca já começa a mostrar resultados. As lavouras que ainda não receberam a quantidade de água necessária se desenvolvem em ritmo lento. Já o pasto está cada vez mais escasso em algumas regiões.

Com o tempo seco, também vieram as queimadas, que este ano começaram a ocorrer muito antes do período considerado crítico, entre junho e setembro. O número de incêndios registrados até agora assusta.

Em Mato Grosso do Sul, foram 409 ocorrências, mais do que o triplo registrado no mesmo período do ano passado, com 123 focos de calor. Esta condição deixa o Estado numa incômoda posição de destaque no ranking de queimadas, ficando atrás apenas da Bahia (628) e do Ceará (541), os campeões em registros de focos de calor neste ano.  No país, este ano foram registrados mais de 4300 focos.  Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

O chefe de divisão Proteção Ambiental do Ibama-MS, Luiz Benatti, explica que este ano Mato Grosso do Sul vive uma situação atípica

— Geralmente nesta época é período de chuva, e este ano está diferente. Falta chuva e, consequentemente, aumentam os casos de queimadas — diz Benatti.

Mais da metade das queimadas registradas no Estado ocorreu no município de Corumbá, no Pantanal sul-mato-grossense. É uma situação que coloca os ambientalistas em alerta, já que naquela região a estiagem também está prolongada, o que aumenta os riscos de novos incêndios, ameaçando a fauna e a flora do lugar.

Para o biólogo George Camargo, da Conservação Internacional Brasil, além de preocupante, o crescimento da quantidade de queimadas é um reflexo dos danos ambientais causados pelo homem ao longo dos anos.

— Faltou chuva no momento certo, quando historicamente chove. Isso mostra que as condições climáticas estão em processo de alteração, o que é um reflexo da ação do homem na natureza — afirmou Camargo.

Diante de um cenário que já mostra resultados alarmantes, a orientação dos especialistas é ter muita atenção e, principalmente, bom censo antes de iniciar uma queimada controlada.

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