| 20/04/2009 08h31min
O líder cubano Fidel Castro exigiu de Barack Obama o fim do embargo contra Cuba, na primeira reação de Havana depois da Cúpula das Américas, na qual o presidente americano pediu "atos, e não só palavras" à ilha comunista para avançar no relacionamento. Castro disse ter acompanhado o evento, incluindo as palavras de Obama, a quem considerou "áspero" e "evasivo" a respeito do fim das sanções a Cuba. No entanto, Fidel nada mencionou em relação às sugestões do presidente americano para que a ilha libere os presos políticos ou promova maior abertura política.
— Desejo lhe recordar um princípio ético elementar relacionado a Cuba: qualquer injustiça, qualquer crime, em qualquer época, não tem desculpa alguma para perdurar; o cruel bloqueio contra o povo cubano custa vidas, custa sofrimentos — advertiu o ex-presidente Castro, em uma de suas colunas de opinião intituladas "Reflexões", divulgada no domingo à noite.
Barack Obama falou à imprensa no
encerramento da Cúpula das
Américas em Trinidad e Tobago, quando foi questionado sobre o tema das relações com Cuba. O titular da Casa Branca reconheceu que a política de embargo sobre a ilha - como a seguida pelo seu predecessor George W. Bush, que endureceu as sanções - havia fracassado.
Cuba foi a única nação no continente que não foi convidada para a Cúpula das Américas, pois esta depende da Organização dos Estados Americanos, da qual Cuba foi excluída desde o começo da revolução cubana. Nesta edição do evento, todas as nações participantes reclamaram uma mudança da política americana em relação à ilha. Em suas "Reflexões", Castro lamentou ainda que a cúpula ocorresse a portas fechadas.
— Uma cúpula secreta é pior que cinema mudo — lamentou o ex-governante de 82 anos, que delegou o poder em julho de 2006, devido a uma doença não-revelada.
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