O setor produtivo pede rapidez ao governo na redução do preço do óleo diesel. Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, o combustível mais barato representa economia significativa para o bolso do agricultor.

A reinvindicação é antiga. Desde antes da crise econômica, o agronegócio apontava a necessidade de reduzir os preços do óleo combustível. A cada abastecimento, o peso no bolso do produtor fica maior. Responsáveis pelo consumo de mais de 15% do óleo diesel vendido no Brasil, os produtores rurais tem agora a esperança de que a reivindicação seja atendida. O governo criou um grupo de trabalho para avaliar o assunto, mas lideranças rurais alertam: em tempos de crise a medida evitaria mais desemprego.

— Eu tenho certeza absoluta de que, com a queda no preço do barril, em nada traria prejuízos à Petrobrás e os brasileiros ganhariam com isso segurando o emprego e também não havendo redução na produção do país — disse a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil afirma que há espaço para redução nos preços do óleo diesel. Pelos cálculos da entidade, se o valor do produto caísse 23%, a economia no campo seria de, pelo menos, R$ 3,5 bilhões.

— Se estendermos isso para o setor de Petróleo, que também está ligado à agricultura, se incluísse o diesel da geração de energia, nós teríamos uma economia para o país de aproximadamente R$ 20 bilhões. Isso é considerável e o governo não perderia nada com isso, porque isso é apenas lucro da Petrobrás — finalizou Kátia.