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 | 15/04/2009 14h41min

Crise financeira afeta renda dos porto-alegrenses de maior poder aquisitivo

Grupo das classes A e B tiveram redução de 1,77%

Giane Guerra  |  giane.guerra@rdgaucha.com.br

Pela primeira vez desde 2004, caiu o número de pessoas nas classes A e B na Região Metropolitana de Porto Alegre. A redução foi de 1,77% em janeiro e fevereiro comparada ao mesmo período do ano passado. Atualmente, elas representam 15% da população na Região de Porto Alegre, ficando atrás apenas de São Paulo.

Os resultados seguem o observado no restante do país, em que as classes com maior poder aquisitivo foram as mais afetadas pela crise, que começou nos mercados financeiros. O estudo é da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que conclui queda na fatia da classe média em relação à população brasileira, aumentando a desigualdade no país.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Porto Alegre, Vilson Noer, não acredita que o movimento seja uma tendência e deve ser revertido nos próximos meses. Segundo Noer, o comércio sente aumento da classe C, que tem uma grande demanda reprimida. Para ele, o consumo deve reaparecer com a queda de juros e com a manutenção de preços, sem espaço para subir atualmente.

Noer afirma que o consumo retoma o ritmo da economia, gerando empregos e reativando a indústria. A FGV considera famílias das classes A e B aqueles com renda acima de R$ 4,8 mil.

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