| 06/04/2009 13h54min
A Argentina eliminou a isenção de taxas para produtos de soja importada com o objetivo de privilegiar o uso do grão argentino na fabricação de farelo e óleo de soja. Os processadores recebiam isenção de taxas de exportação para o farelo e óleo produzidos a partir de grãos importados.
– Com a finalidade de proteger a renda dos produtores agregando valor às mercadorias destinadas à exportação, a utilização de matérias-primas nacionais deve ser privilegiada em relação às importadas – afirmou o governo em resolução publicada no Diário Oficial.
Os produtores têm protestado contra aumentos nos volumes de soja importada, principalmente do Paraguai, uma vez que os processadores buscam garantir seu suprimento, em meio a recorrentes protestos do setor agrícola.
Um jornal argentino afirmou na semana passada que o governo quer reduzir o volume de importações do Paraguai para colocar pressão sobre os produtores do país que estão segurando os grãos. Os agricultores argentinos estão em uma disputa com o governo de Cristina Kirchner sobre as taxas de exportação de soja. Eles têm segurado suas vendas na expectativa de um aumento nos preços globais ou de um possível corte dos impostos.
Assim, a medida afetará especialmente as exportações dos paraguaios, os principais fornecedores externos para a Argentina, com vendas entre 1,5 e 2 milhões de toneladas por ano. O Paraguai, com uma colheita estimada em 4 milhões de toneladas, é o quarto exportador mundial de soja.
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