| 30/03/2009 14h34min
A General Motors (GM) deixou nesta segunda-feira a porta aberta para uma possível declaração de falência, ao assinalar que mesmo preferindo se reestruturar "fora dos tribunais", "adotará qualquer passo necessário" para ter êxito.
O anúncio aconteceu pouco depois de o presidente americano, Barack Obama, afirmar que a GM tem 60 dias para apresentar um plano de reestruturação mais "profundo" e "radical" que o preparado até o momento.
Em comunicado, a GM disse que o plano da Casa Branca para o setor do automóvel marca "uma nova era" para o país e "um momento definidor na história" da montadora. A empresa disse que aproveitará os próximos 60 dias para melhorar sua viabilidade no longo prazo, "incluindo a reestruturação das obrigações financeiras com os detentores de bônus, sindicatos e outras partes interessadas".
"Nossa primeira preferência é completar esta reestruturação fora dos tribunais (sem declarar a falência). No entanto, a GM adotará qualquer
medida necessária para reestruturar
com sucesso a companhia, o que poderia incluir um processo supervisado pelos tribunais", acrescentou o fabricante.
O novo executivo-chefe da GM, Fritz Henderson, disse que "nos próximos 60 dias todos vão trabalhar continuamente para cumprir as agressivas exigências que foram estabelecidas pelo Grupo Presidencial do Automóvel (GPA)".
Henderson, que assumiu a direção da GM hoje, após a renúncia de Rick Wagoner, acrescentou que está "seguro de que a equipe da GM terá êxito e que uma GM mais forte e saudável terá um papel importante em revitalizar a economia dos Estados Unidos".
Durante o anúncio: o secretário do Tesouro americano Timothy Geithner, Obama e o recém nomeado diretor de Recuperação para Trabalhadores do Setor Automobilístico , Edward Montgomery (D)
Foto:
Matthew Cavanaugh, EFE
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