| 25/03/2009 16h05min
Mesmo com a previsão de crescimento quase zero para o PIB brasileiro em 2009, o presidente do Banco Central reafirmou que o Brasil foi atingido com menos força pelas turbulências na economia do que a maioria dos países. Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, Henrique Meirelles criticou as estimativas pessimistas do mercado.
Ele afirmou que a recuperação, nos primeiros meses do ano, das vendas no varejo, da produção e vendas de veículos, e do valor dos salários sinaliza que o país tem reagido de forma positiva aos impactos da crise financeira mundial. Para Meirelles, contribuíram para essa reação o amadurecimento do mercado interno e o montante de reservas internacionais e de depósitos compulsórios disponíveis no início da crise, permitindo que o governo adotasse medidas necessárias à proteção da economia nacional.
— Apesar de enfrentar problemas, o Brasil está hoje em melhores condições que a grande maioria dos países emergentes — afirmou o economista.
Segundo o presidente do Banco Central, a dívida do país em relação ao Produto Interno Bruto caiu desde o início da crise, de 40,5% para 36,6%.
O dirigente criticou a previsão do mercado para a economia brasileira em 2009 disse que a estimativa de crescimento do PIB de 0,01% é pessimista, já que a expressiva queda do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no último trimestre de 2008 deve ser avaliada como uma redução do acelerado crescimento verificado no período anterior - o país registrou 6,8% de crescimento do PIB no terceiro trimestre de 2008 e 1,3% nos três meses seguintes.
Apesar de a queda refletir problemas enfrentados pela economia real, ele disse que a manutenção de índices positivos dão tranquilidade para a gestão da crise. O presidente do Banco Central também fez uma avaliação dos impactos da recessão nos Estados Unidos e nos países mais ricos.
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