| 21/03/2009 23h32min
A Embraer, que vem sendo questionada por seus sindicatos desde que no mês passado anunciou a demissão de aproximadamente 4,2 mil funcionários, negou neste sábado que tenha distribuído R$ 50 milhões em bônus para seus diretores.
Em comunicado divulgado hoje, a Embraer respondeu às denúncias de dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, que acusa a empresa de alegar motivos financeiros para justificar as demissões, mas paga bônus milionários a seus dirigentes.
A companhia esclareceu que os R$ 50 milhões mencionados pelos sindicalistas se referem ao valor máximo para o pagamento de honorários, benefícios, ajudas, prêmios e participação nos lucros que a Assembleia Geral Ordinária de acionistas limitou para todos os diretores em abril do ano passado, e que podem ser pagos até abril deste ano.
A Embraer disse que o valor efetivamente desembolsado para remunerar os dirigentes ainda não foi calculado, mas acrescentou que será
publicamente divulgado junto com os
resultados financeiros e contábeis da empresa em 2009.
Além disso, afirmou que esse valor será "obrigatoriamente inferior ao limite aprovado pelos acionistas".
"Em consequência, é absolutamente falsa a informação de que diretores e conselheiros de administração da Embraer tenham recebido R$ 50 milhões em bônus da empresa", afirmou.
Íntegra
Leia abaixo a íntegra do comunicado divulgado pela Embraer neste sábado:
"COMUNICADO
São José dos Campos, 21 de março de 2009 — Em face das declarações por parte do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, dando conta de suposto pagamento de bônus a integrantes da Diretoria e do Conselho de Administração da Embraer, totalizando R$ 50 milhões, a Empresa vem a público esclarecer que:
• Como todas as empresas brasileiras com ações listadas na Bolsa de Valores de São Paulo, a
Embraer informa, anualmente, o valor limite a ser despendido com sua Administração - Conselho de
Administração e Diretoria.
• Essa informação é pública e resulta da decisão exclusiva e soberana dos acionistas da Empresa, em Assembléia Geral Ordinária, conforme estabelecem a legislação e as regras que regulam as empresas de capital aberto no país.
• O valor limite definido pelos acionistas da Embraer para dispêndio com seus
administradores no período de maio de 2008 a abril de 2009 foi de R$ 50 milhões. Esse valor foi estabelecido em Assembléia Geral Ordinária ocorrida em abril de 2008.
• Esse limite compreende todas as despesas com i) honorários dos conselheiros de administração, ii) encargos trabalhistas sobre os honorários dos conselheiros de administração, iii) honorários dos diretores, iv) encargos trabalhistas sobre os honorários dos diretores, v) participação dos diretores nos lucros da Empresa, vi) encargos trabalhistas sobre a participação dos diretores nos lucros da Empresa, vii) despesas com assistência médica dos
conselheiros de administração, viii) despesas
com assistência médica dos diretores, ix) despesas com o plano de aposentadoria complementar dos diretores, x) indenizações e verbas rescisórias de ex-administradores, xi) encargos trabalhistas sobre as indenizações e verbas rescisórias de ex-administradores.
• Os valores efetivamente gastos com todas as despesas acima descritas serão informados publicamente nos demonstrativos financeiros e contábeis da Empresa relativos ao exercício de 2009, e serão mandatoriamente inferiores ao limite aprovado
É absolutamente inverídica a informação de que Diretores e Conselheiros da Administração da Embraer receberam R$ 50 milhões de bônus da Empresa.
Importa ainda ressaltar que a participação nos lucros, a assistência médica e o plano de aposentadoria complementar não são benefícios exclusivos dos administradores da Empresa, mas sim de todos os empregados da Embraer, sem exceção."
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