| 12/03/2009 06h58min
No mais ousado corte desde novembro de 2003, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu nessa quarta, dia 11, acelerar a queda dos juros e reduziu a taxa básica em 1,5 ponto percentual, cortando a Selic de 12,75% para 11,25% ao ano. Pressionado pelo agravamento da crise econômica, o BC agiu pela segunda vez desde a piora na crise, a partir de setembro, e optou pela maior redução em quase seis anos quando a taxa, que serve de sinalização para todos os juros cobrados na economia, havia caído de 19% para 17,5% ao ano.
A Selic agora volta ao nível de setembro de 2007, o menor patamar desde que foi adotada como taxa de referência. Mesmo assim, o Brasil continua no topo do ranking das altas taxas do mundo: em relação aos juros reais (descontada a inflação), o país continua com a maior – 6,51% ao ano.
Divulgada na terça-feira, a forte desaceleração da economia no último trimestre do ano passado – 3,6% –, que ampliou os temores de uma recessão, pesou na decisão do BC, recebida com apoio por alguns segmentos empresariais e criticada por trabalhadores e outros dirigentes que esperavam corte maior. Outro motivo que determinou a redução do juro foi a queda da inflação nos últimos meses.
De acordo com o governo, a posição da diretoria do BC foi uma demonstração de sintonia com as ações de enfrentamento da crise e o melhor antídoto para reverter as expectativas pessimistas alimentadas pela redução da atividade econômica.
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