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 | 12/03/2009 04h35min

Celso Roth abraça jogadores após vitória sobre o Boyacá

Técnico garantiu que em momento algum havia se sentido ameaçado no cargo

Leandro Behs  |  leandro.behs@zerohora.com.br

Não foi o primeiro renascimento de Celso Roth. O primeiro havia ocorrido em maio do ano passado, ao ganhar do São Paulo, na abertura do Brasileirão, após os fracassos no Gauchão e Copa do Brasil. Por isso, emocionado pela vitória sobre o Boyacá, que o livra do risco de demissão, ele deu um demorado abraço em cada jogador, dentro do vestiário.

Veja a jogada comentada:


Em duas entrevistas, a primeira delas apenas para jornalistas estrangeiros, o alívio do técnico transparecia no sorriso que acompanhava cada resposta. Chamou cada um dos repórteres pelo nome e até elogiou as emissoras gaúchas que haviam acompanhado o Grêmio a Tunja. Eufórico, permitiu-se até mesmo um palavrão.

Roth garantiu que em momento algum havia se sentido ameaçado no cargo. Comparou sua situação à de Muricy Ramalho, do São Paulo, e Wanderlei Luxemburgo, do Palmeiras, que, mesmo perdendo alguns jogos, não correram qualquer risco. 

– Enquanto não formar um sindicato forte, o treinador será sempre uma andorinha sozinha – afirmou.



No momento mais forte da entrevista, o técnico admitiu que o Grêmio poderá ser forçado, em breve, a fazer uma opção entre a Libertadores e o Gauchão. Não há possibilidade, segundo Roth, de que o time mantenha o mesmo nível de concentração nas duas competições.

O excesso de chances de gols desperdiçadas na partida de ontem, conforme Roth, justifica-se pela falta de tempo de treinamentos. Ele exagerou ao dizer que não consegue orientar um treinamento há mais de 30 dias. Explicou que os jogadores precisam descansar pelo menos 24 horas após cada partida, o que reduz o tempo de preparação entre um jogo e outro. 

– O mais importante é criar – argumentou.

Roth não descarta seguir utilizando Réver como volante, como ocorreu ontem. Com a lesão de Willian Magrão, que só retorna no segundo semestre, e a impossibilidade da contratação de outro jogador, a alternativa poderá ser repetida.

Por fim, consolou os torcedores que ainda lamentam as duas derrotas sofridas nos Gre-Nais ao lembrar que outros clássicos serão realizados este ano. 

– Temos coisas mais importantes no ano, entre elas a Libertadores – encerrou.

BOYACÁ CHICÓ (0) GRÊMIO (1)
Velásquez; Pino, Galicia, Garcia e Madera (Nuñez); Mahecha, Ramirez, Tapia, Caneo e Movil (Giron); Pérez Victor; Ruy, Léo, Rafael Marques e Fábio Santos; Réver, Adilson, Tcheco (Makelele) e Souza; Jonas (Reinaldo) e Alex Mineiro (Herrera)
Técnico: Alberto Gamero Técnico: Celso Roth
Copa Libertadores
Data: 11/03/2009
Local: Estádio de La Independencia, em Tunja (Colômbia)
Horário: 21h50min (de Brasília)
Árbitro: Sergio Pezzota, auxiliado por Diego Romero e Ariel Bustos (trio da Argentina)
Gol: Souza (G)
Cartões amarelos: Réver, Léo, Adílson, Makelele e Alex Mineiro (G); Mahecha (B)
Cartão vermelho: Mahecha (B)
 
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