| 27/02/2009 10h25min
Durante audiência com o presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, deputado Ivar Pavan (PT), a Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação manifestou, nessa quinta, dia 26, preocupação com o futuro de 1,2 mil trabalhadores do frigorífico Nicolini, em Nova Araçá, região nordeste do Estado.
O frigorífico, que produz para a empresa Sadia, demitiu 600 funcionários no mês de dezembro e outros 600 entraram em férias coletivas na última sexta, dia 20.
– A produção parou e não há garantias de retorno dos funcionários que estão em férias coletivas – alertou o presidente da Federação, Siderlei Silva de Oliveira.
Caso se confirme o fechamento da empresa, o impacto para o município de 3,5 mil habitantes será enorme.
– Proporcionalmente, teríamos um número de desempregados maior do que os registrados na área dos metalúrgicos, no ABC Paulista – afirma o dirigente sindical.
Segundo Oliveira, a empresa Nicolini vem negando a existência do problema porque busca parceiros para viabilizar empréstimo junto ao BNDES, que dê alguma possibilidade de retomar a produção.
– A postura da empresa inviabiliza a busca pelo seguro-desemprego especial aos trabalhadores demitidos – explica.
O dirigente entende que deve haver contrapartida social no caso de haver injeção de recursos públicos na empresa.
– O quadro é muito difícil, entendemos que o problema envolve os sindicatos, os governos e a Assembleia Legislativa, de quem esperamos apoio em nossa luta – sintetizou Oliveira.
A intenção é tentar colaborar para que os empregos sejam mantidos.
O frigorífico Nicolini processa carne de frango e de suínos exclusivamente para a Sadia em unidades de Nova Araçá e Garibaldi. As férias coletivas teriam sido recomendadas pela Sadia, que rescindiu o contrato com o Nicolini.
O frigorífico abate 400 mil frangos e 600 suínos por dia nas duas unidades.
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