Os desfiles do Rio de Janeiro sempre são marcados por luxo, criatividade, grandiosidade e originalidade, características que tornam difícil o trabalho de avaliação dos jurados. No entanto, conforme o gosto popular revelado pelas enquetes da TV Globo, Beija-Flor (atual campeã), Portela, Mangueira, Salgueiro, Império Serrano, Grande Rio e Mocidade foram as escolas que mais agradaram ao público na Capital fluminense.

* A apuração das escolas de samba do Rio de Janeiro será realizada na quarta-feira (25), às 15h.

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A primeira noite de desfiles do Grupo Especial indicou uma disputa equilibrada entre as seis escolas que se apresentaram na Sapucaí. A enquete realizada entre os telespectadores apontou empate entre Império Serrano, Grande Rio, Mocidade e Beija-Flor, com nota 9,1. Já na segunda noite do carnaval carioca, Portela (nota 9,7), Mangueira (9,5) e Salgueiro (9,4) dominaram o gosto popular.

As outras escolas que desfilaram foram Imperatriz Leopoldinense, Viradouro, Porto da Pedra, Vila Isabel e Unidos da Tijuca.

Império Serrano

A Império Serrano apresentou uma reedição do enredo “A lenda das sereias”, de 1976. A escola retornou à elite do carnaval em grande estilo, depois de ser rebaixada em 2007. A bateria, conduzida pela atriz Quitéria Chagas pelo quarto ano consecutivo, foi o ponto alto do desfile. As fantasias eram luxuosas, mas os carros alegóricos deixaram a desejar.

Acadêmicos do Grande Rio

A Acadêmicos do Grande Rio fez uma homenagem à relação histórica entre Brasil e França. O desfile foi marcado por fantasias grandes e luxuosas, com ótima harmonia plástica. A escola teve problemas nos carros alegóricos e também na harmonia.

Mocidade Independente de Padre Miguel

A Mocidade teve várias dificuldades para apresentar o enredo sobre a Academia Brasileira de Letras e a poesia de Machado de Assis e Guimarães Rosa. Um carro alegórico atropelou o carnavalesco da escola, Cláudio Cebola. Logo em seguida, a alegoria incendiou. Ninguém ficou ferido. A desanimação dos integrantes era visível. A escola corre risco de rebaixamento.

Beija-Flor de Nilópolis

Após o casamento do intérprete Neguinho da Beija-Flor em plena Sapucaí, a escola desfilou em homenagem ao banho. Efeitos nos carros alegóricos consumiram mais de sete mil litros de água. O destaque ficou por conta da energia de Neguinho, que se recupera de um câncer no intestino.

Portela

A Portela entrou na Sapucaí para louvar o amor. O enredo explorou o sentimento desde Antiguidade, até os dias de hoje, com os relacionamentos online. Foram mostradas lendas clássicas sobre o assunto. O desfile, muito colorido, foi considerado impecável pelos comentaristas.

Acadêmicos do Salgueiro

O Salgueiro contou a história do tambor. A bateria foi o destaque da agremiação e contou com percussionistas da Timbalada. Um carro alegórico apresentou problemas antes de entrar e acabou causando um buraco na avenida. Tambores nas mãos de componentes em todas as alas deram força ao enredo da escola.

Estação Primeira de Mangueira

A Mangueira desfilou o folclore brasileiro. A população foi representada por etnias, com inspiração na obra antropológica de Darcy Ribeiro. Um dos carros trouxe componentes do grupo Intrépida Trupe. A agremiação teve problemas nas alegorias e nas fantasias, que deixaram pedaços pelo chão.