| 23/02/2009 19h10min
O aumento nos preços do milho tem pressionado a indústria de ração animal. Avicultores e suinocultores já sentem os impactos provocados pela menor oferta do produto no mercado.
Com uma estimativa de safra de grãos menor para 2009, os preços do milho no mercado interno registraram alta de 11,2% em janeiro. A perspectiva de queda na oferta mundial e a formação de estoques em mercados como a China têm pressionado os custos para os fabricantes de alimentos usados em criatórios de aves e suínos, principalmente.
– Os anúncios de quebra de safra no Brasil, Argentina e mesmo nos Estados Unidos levaram a uma preocupação no mercado futuro e isso pressiona custos – explica o diretor executivo do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), Ariovaldo Zanni.
A situação pode ficar ainda mais difícil para o produtor. Isso porque o setor de rações estima que a demanda por milho direcionada a alimentação animal deve crescer em torno de 4% este ano, valorizando ainda mais o preço. Grande parte do produto tem como destino a avicultura e suinocultura, dois setores que, com a crise econômica, registram queda nos preços pagos pela carne.
Apesar da redução da oferta de milho, o setor de rações não acredita em desabastecimento no curto prazo. Mas alerta que se a demanda mundial continuar crescendo, vai faltar produto.
– Há projeções que mostram que, na velocidade que a nossa agricultura produção de milho está correndo, podemos encontrar dificuldades daqui a cinco a 10 anos – diz Zanni.
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