| 24/03/2003 02h38min
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, avisou aos iraquianos neste domingo, dia 22, que seriam julgados por crime de guerra se abusassem de prisioneiros, depois de o Iraque ter exibido cinco soldados norte-americanos capturados e diversos corpos ensanguentados na TV.
– Espero que os prisioneiros de guerra sejam tratados de forma humana, assim como temos tratado os que capturamos. Se não, as pessoas que maltratarem os prisioneiros serão consideradas criminosos de guerra – declarou Bush.
Bush também alertou aos americanos que as tropas dos EUA e da Grã-Bretanha enfrentam uma dura batalha para derrubar o presidente iraquiano, Saddam Hussein. O general da aeronáutica Richard Myers, chefe do Estado Maior e membro do conselho de guerra, disse que oposição ainda mais dura aguardava as forças americanas à medida que se aproximavam de Bagdá, onde estão as unidades mais disciplinadas da Guarda Republicana de Saddam.
O Comando Central americano, baseado no Catar, disse que as forças terrestres se depararam com a mais forte resistência neste domingo, depois de percorrerem um longo trecho sem cruzar com nenhuma tropa inimiga, até chegar a cerca de 160 quilômetros da capital. Segundo o comando militar, houve "menos de 10" fuzileiros mortos em batalhas na cidade de Nasiriya, ao sul do país, e 12 soldados de serviço estavam desaparecidos depois de uma emboscada iraquiana na mesma região.
A televisão iraquiana mostrou cinco soldados americanos abalados – um deles, uma mulher ferida – e os corpos ensangüentados de outros oito de seus companheiros, todos aparentemente capturados e mortos a sudeste de Nasiriya. Pelo menos dois dos mortos tinham ferimentos na cabeça.
As primeiras imagens divulgadas de prisioneiros americanos no Iraque incluíram curtas entrevistas com os cindo capturados e foram transmitidas para boa parte do mundo pela rede de TV Al-Jazeera, do Catar. O secretário da Defesa americano, Donald Rumsfeld, chamou o vídeo de propaganda do Iraque e disse que violava a Convenção de Genebra, que estabelece o tratamento a ser dado a prisioneiros de guerra. As informações são da agência Reuters.
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