| 16/02/2009 15h55min
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, descartou a designação de um "chefão" para comandar o resgate do setor do automóvel e optará pela criação de uma comissão especial, segundo informam hoje meios de imprensa locais. O secretário do Tesouro, Timothy Geithner, e o presidente do Conselho Econômico Nacional, Lawrence Summers, liderarão a nova comissão, segundo disseram "altos cargos" da Administração citados sem identificação por The Wall Street Journal.
A decisão de Obama de renunciar à ideia de seu antecessor, George W. Bush, de nomear a um "chefão do motor" para mediar entre governo, indústria automotiva, sindicatos e outras partes envolvidas, foi conhecida na véspera da apresentação por parte das companhias de suas propostas para a reestruturação do setor.
A administração Bush já tinha se comprometido com a concessão de créditos de US$ 17,4 bilhões a dois dos "três grandes" fabricantes americanos de automóveis: GM e Chrysler.
Acredita-se
que ambos pedirão financiamento
adicional para se salvar da quebra, nos planos empresariais que deverão apresentar amanhã.
Também se especula o que o terceiro dos "grandes", a Ford, vai reivindicar que os sindicatos lhe apliquem as mesmas concessões que GM e Chrysler aceitem fazer.
O próprio Obama reserva para si a última palavra sobre o eventual acordo para o setor, segundo um "alto funcionário" citado por The New York Times.
GM elogia medida
A General Motors (GM) aplaudiu hoje a decisão do presidente americano, Barack Obama, de criar uma comissão especial para supervisionar o resgate do setor automobilístico nos Estados Unidos. Obama preferiu criar uma Comissão Presidencial do Automóvel em vez de nomear alguém que supervisionasse a distribuição de bilhões de dólares para os fabricantes americanos de automóveis e os planos de recuperação do setor.
— A GM aplaude a criação de uma Comissão Presidencial do
Automóvel — declarou a GM através de um comunicado.
— Esperamos nos
reunir em breve com esta equipe para compartilhar o detalhado plano de reestruturação da GM que assegure nossa viabilidade a longo prazo e cumprir os requisitos dos acordos sobre empréstimos do Departamento do Tesouro — declarou.
A GM recebeu US$ 9,4 bilhões em empréstimos do Governo americano e na terça-feira tem que apresentar seus planos preliminares de reestruturação para conseguir pelo menos outros US$ 4 bilhões. O plano final de reestruturação tem que ser apresentado no dia 31 de março.
A Chrysler recebeu US$ 4 bilhões em empréstimos federais e também apresentará na terça-feira seus planos iniciais de reestruturação para poder receber outros US$ 3 bilhões.
— No longo prazo vemos uma oportunidade para estabelecer uma relação construtiva com a Comissão que fortaleça o entendimento do Governo federal sobre nosso setor — declarou a GM.
— Achamos que esta Comissão pode ajudar a Administração e o Congresso a desenvolver
políticas integradas que apoiarão a base industrial e
tecnológica de nosso país e a competitividade em seu conjunto — informou a montadora.
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