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 | 15/02/2009 20h20min

G7 se compromete a evitar medidas protecionistas para combater efeitos da crise

Sete nações mais ricas do mundo se reuniram por dois dias em Roma

Ministros da Economia e presidentes dos Bancos Centrais das sete nações mais ricas do mundo concordaram em evitar adotar medidas protecionistas que possam agravar ainda mais a atual crise financeira mundial, que se intensificou desde setembro.

Ao final de dois dias de debates realizados em Roma, na Itália, o chamado Grupo dos Sete (G7) divulgou um comunicado em que afirma que medidas protecionistas, ou seja, aquelas que protegem o comércio doméstico em detrimento da concorrência externa, serviriam apenas para prejudicar a prosperidade global.

Para o grupo - do qual fazem parte os Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá - a crise deve durar todo o ano de 2009. Segundo a BBC Brasil, o grupo reconhece a necessidade de eliminar eventuais falhas no sistema bancário internacional, sugerindo a criação de um novo sistema legal no qual todos os países possam participar.

Lembrando que a estabilização da economia mundial e das instituições financeiras globais é o principal desafio enfrentado hoje pela comunidade internacional, os representantes do G7 reafirmaram o compromisso com o princípio do livre comércio, que se opõe ao regime protecionista.

O encontro em Roma marcou a estréia do novo secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Tim Geithner, num evento de cunho internacional e coincidiu com a aprovação pelo Congresso norte-americano do pacote de US$ 787 bilhões de ajuda econômica proposto pelo presidente Barack Obama.

– Todos os países têm de se comprometer com a abertura comercial e planos de investimenos que são essenciais para o crescimento econômico e a prosperidade – disse Geithner.

Na semana passada, o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, já havia pedido um esforço coletivo e coordenado para evitar maiores danos ao comércio internacional. Lamy também defendeu a conclusão da Rodada Doha como remédio anticrise.

– Completar a agenda de desenvolvimento de Doha é nossa mais importante contribuição nesse sentido. Esse, ainda, é o caminho mais seguro para defendermos nossos interesses comerciais individuais e o sistema multilateral de comércio contra a ameaça de explosão do protecionismo – ponderou Lamy.

AGÊNCIA BRASIL
 
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