| 14/02/2009 02h19min
O Congresso dos Estados Unidos aprovou hoje um plano de estímulo econômico de US$ 787 bilhões. O Senado aprovou o pacote com 60 votos a favor e 38 contra. Poucas horas antes, a Câmara dos Representantes também havia aprovado o plano com 246 votos a favor e 183 votos contra, em sua maioria do Partido Republicano.
A medida, uma das prioridades da Casa Branca, vai agora às mãos do presidente Barack Obama para promulgação, possivelmente já na próxima segunda-feira.
A medida representa a intervenção mais extensa do governo nos assuntos econômicos nacionais desde a Segunda Guerra Mundial e, além disso, é uma importante vitória legislativa para a batalha que a Casa Branca trava contra a recessão.
A votação, que normalmente não dura mais que 15 minutos, se estendeu durante horas, de modo a dar tempo para que o senador democrata Sherrod Brown retornasse a Washington para votar. Brown havia ido ao estado de Ohio para o funeral de sua mãe.
Os
democratas são 58 no Senado, incluindo os dois
independentes que costumam votar com eles, e precisavam de um mínimo de 60 votos para impedir qualquer manobra republicana.
O pacote prevê a criação de pouco mais de três milhões de empregos e inclui cortes de impostos para famílias e negócios, fundos para programas sociais e obras públicas, e ajudas a governos estaduais, estudantes e desempregados.
A legislação deixou ganhadores e perdedores, e um sabor amargo na boca dos republicanos, que o tacham de custoso e ineficaz e asseguram que elevará o déficit e a dívida nacional.
Perante pressões do setor exportador e dos parceiros comerciais dos EUA, o plano deixou de lado a controvertida cláusula Buy American que, salvo algumas exceções, exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados exclusivamente americanos em obras de infraestrutura feitas com fundos do pacote.
Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.
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