O governo federal anunciou nesta terça, dia 10, uma força-tarefa para aumentar as exportações brasileiras. As prioridades são a abertura de novos mercados e a venda de produtos com valor agregado. A agenda terá ações coordenadas para comércio e investimentos no Exterior.

– Os países em desenvolvimento vão ter crescimento neste ano. E é o que abre oportunidades. Além disso, há vários mercados para onde o Brasil ainda exporta pouco. A agenda identifica os setores aos quais o Brasil tem potencial de exportação e as missões e feiras que o país vai realizar nesses mercados este ano – explica o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Welber Barral.

A meta do governo federal para 2009 e 2010 é elevar para 1,25% a participação do Brasil nas exportações mundiais. Welber Barral garantiu ainda que o governo quer aumentar em 10% o número de pequenas e médias empresas exportadoras do país.

O agronegócio exporta hoje para mais de 180 países. Dois terços dos embarques têm como destino os Estados Unidos, a União Européia, Rússia e China.

– Sessenta e quatro por cento das exportações brasileiras dos últimos anos se destinaram a apenas quatro mercados e 72% envolvem apenas quatro produtos. Essa situação cria um nível de vulnerabilidade que não é interessante – diz o diretor de Assuntos Comerciais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Benedito Rosa.

Para diversificar os compradores dos produtos brasileiros, a ordem no Mapa é agilizar todos os processos de comércio exterior.

– Todas as análises que tinham de ser feitas, todos os questionários que precisavam ser respondidos e todos os acordos necessários estão sendo acelerados. Nós recebemos questionários em janeiro que já estamos respondendo em fevereiro – garantiu o ministro Reinhold Stephanes.

O foco do governo é dar atenção especial aos setores mais prejudicados pela crise mundial.

– As principais prioridades se referem ao setor de carnes e a lácteos. E a Ásia se destaca como destino principal para a maioria desses produtos – conta o secretário de Relações Internacionais do Mapa, Célio Porto.