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 | 09/02/2009 16h31min

Setor avícola pede medidas ao ministro Miguel Jorge para compensar queda nas vendas

Representantes das indústrias querem revisão das cotas de certificado de origem nas exportações para a Europa

Núria Saldanha, São Paulo (SP)

O setor avícola busca novos mercados para compensar a queda nas vendas de carne de frango para Rússia, Venezuela e Japão. Representantes estiveram reunidos na Capital paulista com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio nesta segunda, dia 9, e o que era para ser uma homenagem a Miguel Jorge pelo apoio à avicultura e a contribuição para o recorde das exportações em 2008 – de US$ 7 bilhões – virou uma reunião de reivindicações.

Indústrias de aves e suínos entregaram ao ministro uma carta pedindo a revisão do modelo de distribuição de 30% das cotas de certificado de origem nas exportações para a Europa, com o objetivo de evitar filas no procedimento aduaneiro; a regulamentação imediata do drawback verde-amarelo – que consiste na suspensão de impostos para a compra de matérias-primas, produtos intermediários e embalagens no mercado interno; e a redefinição das nomenclaturas dos produtos para garantir maior precisão estatística.
 
De acordo com a cadeia produtiva, essas medidas visam à desoneração e adequação da estrutura dos setores de aves e suínos para enfrentar a crise. O ministro Miguel Jorge garantiu que vai analisar a lista.
 
Até setembro do ano passado a avicultura brasileira vinha em forte expansão, com crescimento de 17%. Mas junto com as notícias do agravamento da crise econômica mundial vieram reduções nas encomendas de importantes mercados para o frango, como Japão, Rússia e Venezuela. Só o mercado nipônico – o principal para a avicultura brasileira – já reduziu em 5% as importações.
 
Enquanto as medidas não chegam, a indústria continua enfrentando problemas com a queda no consumo de frango. A União Brasileira de Avicultura recomenda aos produtores reduzir em 20% no número de pintinhos e descartar antecipadamente as matrizes alojadas para não gerar superoferta e garantir a manutenção do preço da proteína.

Hoje a Perdigão anunciou férias coletivas para mais de cinco mil funcionários no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Desde a semana passada a companhia já anunciou férias coletivas para nove mil funcionários. De acordo com a empresa o objetivo é adequar oferta e demanda.

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