| 30/01/2009 19h10min
Lideranças do setor rural comemoram a ampliação dos limites de crédito para a comercialização do leite. A medida aprovada pelo Conselho Monetário Nacional na quinta, dia 29, era reivindicada principalmente pelas agroindústrias desde o início da crise econômica global.
Para evitar que o setor leiteiro seja novamente prejudicado com baixos preços pagos, o governo decidiu ampliar as linhas de crédito para comercialização do produto. A partir de agora, tanto Empréstimos do Governo Federal (EGF) quanto a Linha Especial de Crédito (LEC) para o setor tiveram os limites igualados em R$ 20 milhões.
– O preço para efeito de EGF é o mínimo. Por exemplo, para as regiões Sul, Sudeste e Nordeste é de R$ 0,47. No caso da LEC está sendo proposto um valor mais ajustado ao mercado – explica o coordenador geral para Pecuária do Ministério da Agricultura, João Antônio Salomão.
Nos Estados do Sul, Sudeste e Nordeste, o financiamento da LEC terá como base R$ 0,55. Em Goiás, no Distrito Federal e Mato Grosso do Sul o valor mínimo será R$ 0,53. Nas demais regiões, a base da LEC vai ser de R$ 0,48.
Tendo em vista o cenário de incertezas econômicas, lideranças do setor rural consideraram importante a decisão do governo de ampliar os limites das linhas de crédito para a comercialização do leite. Segundo a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), com mais produtos armazenados, pecuaristas e agroindústrias poderão esperar por preços melhores para vender a produção.
– Se o produtor conseguir destinar parte da comercialização aos armazéns para ser estocada por um período acaba enxugando o mercado nacional e internacional. Com isso, os preços começam a sinalizar positivamente, de maneira que na entressafra, quando se tem menor quantidade de produtos, ele estará equilibrado – avalia o analista de mercados da OCB, Gustavo Prado.
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