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 | 27/01/2009 11h38min

Confiança do consumidor cai 14,4% em dezembro, na comparação com 2007

De dezembro para janeiro, porém, o ICC, da Fundação Getulio Vargas, aumentou 3%

A confiança do consumidor brasileiro em dezembro de 2008 sofreu uma redução de 14,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Além disso, no bimestre dezembro-janeiro, o ICC acumulou variação de 3,5%, abaixo da média de 4,2% verificada no mesmo período dos três anos anteriores. Já no bimestre outubro-novembro, o índice havia recuado 14%, contra uma média de crescimento de 4,6% registrada nos anos anteriores.

De dezembro para janeiro, porém, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), da Fundação Getulio Vargas (FGV), aumentou 3%, passando de 97,4 para 100,3 pontos. De acordo com a FGV, o ritmo de alta foi superior ao verificado em períodos semelhantes nos últimos três anos, quando o índice havia subido em média 1,6%.

O ICC é composto por cinco quesitos contidos na Sondagem de Expectativas do Consumidor. Apesar da evolução de dezembro para janeiro, considerada relativamente favorável pela FGV, nota divulgada nesta terça-feira destaca que o índice ainda está em um patamar baixo em termos históricos.

A avaliação do consumidor sobre a situação presente seguiu a tendência de melhoria experimentada pelo ICC, registrando 106,1 pontos, com crescimento de 1,2% em relação ao mês anterior, quando o índice ficou em 104,8 pontos. A expectativa para o futuro (Índice de Expectativas) evoluiu favoravelmente, segundo o levantamento da FGV, atingindo 97,3 pontos em janeiro, depois de registrar 93,5 pontos em dezembro, o pior resultado da série histórica, iniciada em setembro de 2005.

Em janeiro, a parcela dos que preveem melhora elevou-se de 18,3% para 22,5% do total. Por outro lado, a proporção dos que esperam piora da situação reduziu-se de 36,3% para 28,1%.

Ainda segundo o estudo, o quesito que mede a intenção de compra de bens duráveis manteve a tendência de desaceleração, registrando o menor resultado desde o início da série histórica. Entre dezembro e janeiro, a proporção de consumidores que planejam gastar mais com duráveis recuou de 14% para 11%. Já a parcela dos que pretendem gastar menos aumentou de 34,5% para 35,9%.

A Sondagem de Expectativas do Consumidor é feita a partir de uma amostra de mais de 2 mil domicílios em sete das principais capitais brasileiras. A coleta dos dados foi realizada entre os dias 2 e 22 de janeiro.

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