| 21/01/2009 11h01min
Atropelados por uma avalanche de indicadores econômicos mais fracos do que o esperado, tanto para a atividade quanto para a inflação, muitos analistas revisaram, nos últimos dias, as projeções para o resultado da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que será anunciado hoje (21), no início da noite. A aposta majoritária para o encontro passou a ser de um corte de 0,75 ponto percentual da taxa básica de juros (Selic), que iria, assim, para 13% ao ano.
Na quinta-feira da semana passada, o AE Projeções, da Agência Estado , consultou 61 instituições financeiras, constatando que 30 delas esperavam um corte de 0,50 ponto, 27 contavam com uma redução de 0,75 ponto e quatro, com 1 ponto percentual.
No início desta semana, o instituto voltou a ouvir as 61 instituições. Dezessete revisaram as estimativas - a única a não retornar o contato foi o Pátria Investimentos, que esperava corte de 0,50 ponto na Selic. Agora, entre as 60
instituições, 16 projetam diminuição de
0,50 ponto; 36, de 0,75 ponto; e oito, de 1 ponto percentual.
Um dos catalisadores das mudanças foi o Índice Geral de Preços (IGP-10) de janeiro, divulgado quinta-feira passada, que apontou deflação de 0,85%. As projeções iam de queda de 0,25% a 0,50%. No dia seguinte, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que o recuo nas vendas do varejo de novembro também superou as estimativas. A expectativa era de um declínio de 0,60% ante o mês anterior, mas foi apurado um índice maior, de 0,70%.
Por fim, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho mostrou corte de 654 mil postos de trabalho em dezembro, número que surpreendeu até mesmo integrantes do governo.
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