| 16/01/2009 19h06min
Os criadores de gado confinado vivem um período de indefinição no setor. A crise mundial e a oscilação nos preços da arroba podem comprometer a rentabilidade da atividade, mesmo com a retomada do mercado externo.
O gado em confinamento no Brasil é estimado em três milhões de cabeças. A Associação Nacional dos Confinadores (Assocon) previa aumento do plantel em 22% antes da crise mundial. Atualmente, já se fala em manter o número de animais, até porque os criadores se mostram preocupados tanto com o custo como com o preço da arroba.
– Diminuiu muito a diferença entre o valor pago efetivamente pelo boi magro e o valor que eu teria de venda no mercado futuro – afirma o diretor-executivo da Assocon, Juan Lebrón.
Na Bolsa de Valores, a arroba está cotada quase R$ 20,00 mais baixa do que em julho do ano passado, quando o setor viveu seu melhor período. Nem o rebanho reduzido da entressafra anima os criadores, pois os custos voltaram a subir.
O ano de 2009 está sendo considerado imprevisível para os criadores de gado em confinamento. A crise mundial impede uma projeção sobre o comportamento do mercado. Se, por um lado, a baixa oferta poderia melhorar o preço da arroba, por outro, só a alta no preço do milho já influencia os custos para o criador.
No ano passado, o custo médio por dia foi de R$ 4,00 por cabeça. O pecuarista e diretor da Assocon-PR, André Carioba, calcula um aumento de pelo menos 20% neste valor. Para ele, o momento é de apostar na volta das exportações, mais do que no mercado interno.
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