Na espera da posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, que acontecerá no próximo dia 20, o setor de açúcar e álcool está atento aos próximos passos a serem adotados pelo novo governo no que se refere ao mercado norte-americano e às importações do país. Além disso, os efeitos de um possível aumento do protecionismo mundial sobre as exportações do setor têm sido discutidos por analistas de mercado diante da crise financeira global.
   
Conforme a Agência Safras, a favor da transição de presidentes nos Estados Unidos está a escolha do secretário de Agricultura, posto que será assumido por Tom Vilsack, defensor de uma abertura do mercado norte-americano para o etanol brasileiro. A SLW Corretora até considera que um possível aumento do protecionismo mundial afete o setor sucroalcooleiro brasileiro, mas avalia que o interesse sobre o etanol não deverá diminuir, e espera que o novo governo norte-americano altere as tarifas impostas para a importação do álcool brasileiro, independentemente da crise mundial.

Peter Ping Ho, analista da Planner Corretora, acredita que mesmo que os mercados adotem posturas mais protecionistas, a situação não deverá perdurar por um longo período. A posse de Barack Obama nos Estados Unidos também não deverá ameaçar o setor em sua visão, já que o novo presidente não deverá fechar ainda mais o mercado norte-americano para não perder sua credibilidade. Uma redução das barreiras, entretanto, também não é esperada pela Planner.